SINTONIA DE ANTÔNIO E ROCCO PITANGA

JUNTOS EM OS MUTANTES, PAI E FILHO COMENTAM PARCERIA NA VIDA E NA ARTE

Redação Publicado em 03/09/2008, às 17h47

Na Villa de CARAS, Antônio e Rocco falam sobre a experiência de atuarem juntos pela primeira vez na TV. -
por Ranieri Maia Rizza Pai e filho. Amigos. Colegas de profissão. São inúmeros os laços que unem Antônio Pitanga (69) e Rocco (28), do casamento com a atriz Vera Manhães (57), com quem tem ainda Camila Pitanga (31). Em visita à Villa de CARAS, em Gramado, mais do que afeto, ambos demonstraram uma grande admiração mútua. E aproveitaram ainda para celebrar o primeiro trabalho juntos na televisão, em Os Mutantes - Caminhos do Coração, na Record, em que vivem Newton e Armando Carvalho, também pai e filho. "Cada dia que passa aprendo mais com ele", afirmou Rocco, pai de Amanda (4) e Bruna (3), com Cláudia Cunha (40), de quem está separado há dois anos. Nome dos mais expressivos da filmografia nacional das últimas cinco décadas, com cerca de 55 longas, Antônio Pitanga, casado há 15 anos com Benedita da Silva (66), Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio, não esconde o orgulho com o filho. E cita os recentes elogios que Rocco recebeu por sua atuação como o Carlão do filme Era uma Vez, de Breno Silveira (43), em cartaz nos cinemas. "Ele vem trilhando muito bem o seu caminho", aplaude Antônio. "O meu personagem tem uma linha dramática que permite um crescimento na atuação. Foi um presente para os meus 10 anos de carreira", completou Rocco sobre o longa. - Rocco, após ter tido suas filhas, mudou algo na relação com o seu pai? Rocco - Passei a ter uma visão um tanto mais aberta em relação a ele. Você passa a ver que nem sempre se tem resposta para tudo na condição de pai. Aprende a escutar mais, a ter paciência. - Como está sendo a experiência de atuarem juntos na TV? Antônio - A melhor possível, vejo como um prêmio. No longametragem Bens Confiscados, do Carlão Reichenbach, ele também viveu o meu filho. Com a Camila isso aconteceu na televisão, em A Próxima Vítima. Existe o relacionamento familiar, mas no estúdio é outro desafio que se mostra presente. Ali, somos colegas de profissão, apaixonados pela arte. Rocco - É um aprendizado. E ele sempre me passou essa busca, essa paixão pela arte de atuar. Agora também temos feito leituras de textos do Nelson Rodrigues junto com a Camila. - Isso significa que vem uma montagem teatral do clã? Antônio - Somos uma família com três atores. É importante essa união também na vida profissional. Todo o ator deveria fazer esse exercício da leitura. É uma maneira incrível de se descobrir detalhes de obras tão importantes. Serve como um treino, além de talvez propiciar a descoberta de um texto para montarmos juntos. Depois do Nelson, vamos partir para textos do Lima Barreto.
Ilha de Caras

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