Roqueira Pitty enfatiza meiguice e fala na Ilha de CARAS do CD 'Agridoce', com Martin Mendonça
Mais de vinte tatuagens, piercing na língua e no nariz, a atitude rock’n’roll e a imagem sarcástica e irreverente não impedem Pitty (34) de ser um verdadeiro docinho em sua intimimidade. Sem ver a menor contradição nessa suposta ambivalência, a cantora mostrou na Ilha de CARAS que vai muito além dos rótulos e clichês. “Sou de extremos, como todo mundo”, justificou, com voz e gestos comedidos. Uma das provas é que neste ano ela deu um tempo em sua bem-sucedida carreira de roqueira para investir em um novo projeto. Em parceria com o músico Martin Mendonça (35), lançou o CD Agridoce, marcado pela sonoridade suave e acústica. “Existem outras coisas que eu gosto e quero fazer. Não tenho medo de críticas”, afirmou. Assim como no âmbito profissional, a cantora é bem-resolvida afetivamente. Casada há um ano e meio com o baterista Daniel Weksler (25), do NX Zero, ela acha o máximo não ter uma rotina. “Se meu casamento fosse tradicional, acho que já teria me separado no terceiro mês. É preciso sentir saudade. Enjoo muito rápido das coisas. Como a gente não fica grudado, quero sempre estar com ele”, avaliou Pitty, que nas folgas adora cozinhar e beber vinho. “É quase um prazer sexual”, enfatizou.
– De onde vem a segurança?
– Estou sempre me reavaliando. Tive a crise dos 30 anos e sou muito crítica comigo, e não com os outros. Sempre quero mais.
– Por exemplo?
– Tenho vontade de ter filho, não quero morrer sem passar por isso. Mas sem urgência. É um desejo mais inconsciente. Meu marido é igual a mim. Somos relax.
– A falta de rotina nunca foi um problema?
– Já trabalhei cumprindo horário, era muito infeliz. Mas precisava ganhar dinheiro. Sempre gostei de acordar tarde. Hoje sou realizada e feliz com a vida que levo.
– E como administra sua casa?
– Sou uma bagunça ambulante (risos), desorganizada mesmo. Mas tenho um anjo da guarda, a Ju, que me dá a maior força.
– Além de ir para cozinha, o que gosta de fazer nas folgas?
– Muitas vezes acordo escutando música. Tenho trilha sonora para tudo, como cozinhar ouvindo Cartola ou tomar banho escutando Jorge Ben Jor.
– E em relação à vaidade, você tem um lado mulherzinha?
– Continuo com meu jeito largado, mas tenho, sim, me cuidado e me enfeitado mais. Gosto de batom vermelho, lápis de olho, de cuidar do cabelo e da pele, coisas que não fazia na adolescência. Fiquei mais aberta.
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