por Ranieri Maia Rizza
Para a atriz
Maria Ceiça (42), as relações superficiais não valem a pena. Separada há duas semanas, após encerrar rápido namoro de três meses - prefere não revelar a identidade do ex - ela diz que ainda confia no amor. "
Sei que não é fácil. Os relacionamentos atuais estão muito fúteis e superficiais, mas não deixo de apostar na paixão. Quero uma união com afinidades e até mesmo projetos em comum", disse ela, na Villa de CARAS, em Gramado. O clima romântico da serra gaúcha dá ainda mais esperança a Maria Ceiça. "
Aproveito este friozinho para relaxar. Estou bem tranqüila aqui e acreditando que um novo amor está por vir", completou.
De férias da TV desde o fim de
Caminhos do Coração, da Record, que terminou em junho, a atriz acumula um invejável currículo no cinema, tendo participado de produções internacionais como o longa português O
Testamento do Senhor Nepomuceno, de
Francisco Manso (58), o angolano
O Herói, de
Zezé Gamboa, e o italiano
Lambada, de
Giandomenico Curi, além de badaladas produções nacionais como
Carlota Joaquina,
Princesa do Brasil, de
Carla Camurati (47),
Orfeu, de
Cacá Diegues (68), e
As Filhas do Vento, de
Joel Zito Araújo (53), com quem foi casada por quatro anos e se separou há dois. Neste ano, porém, Maria Ceiça esteve no Festival de Cinema de Gramado para uma participação inédita: encabeçar uma mesa de debates sobre a inclusão do negro no cinema. E aproveitou para assistir aos filmes e rever amigos.
- Esses dias em Gramado têm sido especiais para você?
- Tenho uma adoração pela sétima arte, seja como atriz ou espectadora. A minha relação com Gramado, então, é especial. Já estive aqui com diversos filmes e me sinto feliz por reencontrar a turma. Claro que é muito bom você mostrar o seu trabalho, mas este ano estou achando um luxo enfrentar a maratona de cinema e debates.
- Você também encabeçou um debate sobre a participação do negro no cinema brasileiro...
- Esta é uma luta que sempre teremos e vejo a situação com tristeza. Estamos ainda muito ligados a papéis estereotipados. São poucas as exceções, como
As Filhas do Vento, com o qual estive aqui em Gramado em 2004, e que recebeu diversas estatuetas. Ali o negro foi retratado como um brasileiro comum, mas isso é muito raro. Por isso é tão importante falarmos, discutirmos essa questão com os profissionais do meio.
- Tem novos projetos?
- Estou estudando textos de teatro. Quero começar uma nova fase que espero ser muito proveitosa. Mas também devo voltar em breve à TV em alguma produção da Record. E talvez faça um filme, mas ainda não está certo. O cinema, mesmo crescendo, ainda fica muito a dever à televisão. Ainda mais depois da entrada da Record em dramaturgia. Eles movimentaram o mercado de trabalho, que estava precisando mesmo de uma boa sacudida.
FOTOS:
Selmy Yassuda