Concerto à beira-mar festeja nova coleção da revista apadrinhada pelo mais consagrado maestro do País, João Carlos Martins
De arrepiar. Foi assim que os convidados da temporada 2013 da Ilha descreveram a apresentação do pianista e maestro João Carlos Martins (72), padrinho da nova coleção da revista, a CARAS Silver Collection. “A coleção é simplesmente magnífica. Gastronomia e música fazem parte da cultura e unir esses dois segmentos só traz benefícios”, atesta o grande artista. Quem esperava que o paulistano apenas regesse a camerata de nove músicos se surpreendeu quando ele mostrou seu talento ao piano, instrumento que o alçou à fama e o qual teve de abandonar por um longo período por causa de diversos males que comprometeram os movimentos de suas mãos. “Recomecei uma nova vida em 2004, na regência. Perdi totalmente as duas mãos para o propósito de tocar piano. A direita não tem mais solução, pois não tem músculo. Toco só com o polegar. O importante é se com um dedo você consegue chegar ao coração das pessoas, por que não?”, afirma ele, que fará sua reestreia oficial como pianista no dia 23 de novembro, na Sala São Paulo, na capital paulista. “Serei profissional de novo quando conseguir, com a mão esquerda, voltar a fazer 21 notas por segundo em uma escala. Era o que eu fazia. Mas vou chegar lá ainda”, assegura o exigente músico, aplaudido por sua fã número 1, a advogada Carmen Valio de Araujo (51), sua mulher há 15 anos. “Me emociono todas as vezes que o vejo em ação. Eu o acompanho quase sempre, mas nunca o tinha visto tocar em uma ilha, ainda mais como esta, um lugar tão bonito”, ressalta Carmen.
Ao piano, João Carlos executou o segundo movimento da composição Piano Concerto Nº21, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), e Samba em Prelúdio, de Baden Powell (1937-2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980), para logo em seguida tocar uma peça especial para ele, a qual chama de Tributo a Ennio Morricone, com canção composta pelo maestro italiano para Cinema Paradiso, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1989. “Depois da minha 19a cirurgia — ainda acabei fazendo mais uma —, os médicos me falaram que eu nunca mais poderia tocar piano profissionalmente. Ali, o mundo havia acabado para mim. Naquela madrugada, no hospital, não conseguia dormir, até que liguei a televisão e estava passando Cinema Paradiso, que me fez repensar. Foi um momento importante”, relembra João Carlos. As canções e o longa também têm significado marcante para os atores Maurício Mattar (48) e Carla Marins (44) e para a apresentadora da Mix TV Letícia Wiermann (26), filha do também apresentador José Luiz Datena (55). “Fiquei com os olhos marejados. É a trilha sonora da minha vida”, confessa o eterno galã, no elenco de Dona Xepa, da Record. “É o meu filme favorito”, entusiasma-se Letícia, ao lado da amiga e maquiadora Nathalie Billio (19). “Meu Deus do céu, a gente vive bastante, pensa que já viu tudo, mas assistir ao que o maestro faz é sensacional. Não o conhecia, apenas a sua história. Sabia de sua luta para tentar sobreviver fazendo o que mais gosta, a arte. A tenacidade dele é fora do comum, é surpreendente, faz você se sentir tão pequenino. A gente se queixa muito, não é? Tem saúde e às vezes não faz o que a gente poderia fazer”, exalta o ator Ary Fontoura (80), escalado para Em Nome do Pai, nova trama das 9, de Walcyr Carrasco (61).
Para a quinta música do recital, My Way, imortalizada por Frank Sinatra (1915-1998), o maestro planejou uma agradável surpresa e acompanhou, ao piano, o tenor Jean William (25), a quem apadrinha musicalmente desde 2009. Natural de Barrinha, interior paulista, o rapaz é dono de voz capaz de tocar o coração de qualquer ouvinte. “Foi João Carlos que me apresentou São Paulo e Nova York, que me posicionou no universo da música. É uma honra cantar ao seu lado”, exulta Jean, que também entoou Trem das Onze, de Adoniran Barbosa (1910-1982), desta vez com o maestro na regência e a plateia engrossando o coro animadamente. De volta ao piano, João Carlos ainda emocionou a todos com Libertango, sucesso do músico argentino Astor Piazzolla (1921-1992), e, após o pedido de bis, Tributo a Michel Legrand — compositor francês que ganhou o Oscar de Melhor Canção em 1968, com The Windmills of Your Mind, do filme Crown, o Magnífico.
Para o time de vips — que incluiu os atores Maria Pinna (24), Mauricio Xavier (41) e Daniel Torres (19), a consultora de estilo Clarice Tedesco (27), a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Claudia Mota (38), Carol Nakamura (29), assistente de palco do Domingão do Faustão, e a top Ana Beatriz Barros (30) — foi uma tarde para ficar na memória. Modelo mineira de prestígio internacional, Ana se encantou com o carisma e talento do maestro, a quem conheceu, assim como a mulher dele, em voo vip de SP para a Ilha. “O show me deixou em umestado de paz indescritível. A energia de João Carlos transmite coisas boas, por isso ele teve e tem tanto sucesso na vida”, conclui a beldade.
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