Jurema Reis: 'sobreviver foi um milagre'

Nascida prematura, com 5 meses, garante que isso define sua personalidade até hoje

Redação Publicado em 21/03/2011, às 18h14

Feliz com sua estreia na TV na novela das 7, Morde & Assopra, após dez anos nos palcos, a atriz acredita que a determinação é uma de suas principais características. - RENATO VELASCO; BELEZA: MAURÍCIO NAZÁRIO; AGRADECIMENTO: LUA MORENA E MARA MAC
Com sua beleza brejeira e sorriso marcante, Jurema Reis (23) costuma lembrar com orgulho de sua história. No ar em Morde & Assopra, sua estreia na TV, ela garante que a personalidade forte tem a ver com o nascimento prematuro, aos cinco meses e 20 dias. "Minha mãe, Emília, conta que lutei muito para estar aqui. Tenho marquinhas de agulha no corpo até hoje. Se tivesse que me definir com uma palavra, seria 'milagre'. Acho que, por isso, sempre corro atrás e brigo para conseguir o que quero", justifica. A determinação acabou sendo essencial no momento do teste para o papel de Maria João na trama de Walcyr Carrasco (59). "Com esse rostinho, logo pensei que me chamariam para fazer uma mocinha. Mas aí veio a caipira, cheia de sotaque. Estou empolgada. Mas também aproveito para me calçar, preparar bem. O papel é divertido. Acho que, se fizer direitinho, vai dar certo", avalia ela, que está solteira há cerca de três anos. - Não dá tempo de namorar? - Não é bem isso. Está difícil encontrar alguém bacana. Até hoje tive dois relacionamentos sérios. O último durou quatro anos. Gostaria de estar namorando, mas não sei se é o momento ideal. Quero focar na novela. Não adianta estar com uma pessoa e não poder vê-la. - Qual seu tipo de homem? - Tem que bater o olho e gostar. Se for bonito, é um plus. Gosto do tipo família, companheiro, batalhador. Não aguento gente acomodada ao meu lado. E precisa ser muito divertido. - Tem algum cuidado especial com a alimentação? - Como de tudo. Na infância, parecia um osso de tão magra, não gostava de quase nada. Isso mudou na adolescência, quando iniciei a preparação para o vestibular. Fui morar com o meu pai, já que a casa dele era próxima do curso. E como eu estudava o dia inteiro, chegava em casa morrendo de fome . Então, via uma panela com frango e ervilha, outra com abóbora, e comia. Desde então, deixei de ser fresca. Também não tenho neuras com a balança. Lógico que me cuido porque vivo da imagem. Mas se tiver vontade de comer batata frita, hambúrguer, eu como. Também bebo chope. Depois corro atrás, faço exercícios, ando de bicicleta. Sem neuras. - Tem algo que mudaria? - Queria tirar o culote. Mas não sei se teria coragem de fazer cirurgia, sou medrosa. Ainda tenho pernão e bundão. Sou o perfil típico da mulher brasileira. Seria legal também se eu fosse só um pouquinho mais alta (mede 1,56m). Mas sou feliz assim, pequena. - Sempre sonhou ser atriz? - Antes dos 12 anos, queria ser astronauta, agente do FBI ou médica-legista. Adorava filmes sobre isso. Até que um dia tive uma 'sacação'. Só sendo ator para viver um pouco de tudo isso. - Seus pais a apoiaram? - Minha mãe era contra. Dizia que eu tinha que ter outra profissão. Então, fiz vestibular para Publicidade. Mas certo dia um diretor de cinema perguntou a ela se eu era atriz. Minha mãe então quis saber se ele indicava alguma escola bacana. Ele falou sobre a Casa das Artes de Laranjeiras. Foi aí que ela me perguntou se era isso que eu queria para minha vida. Pela primeira vez, me questionei, é uma carreira difícil, instável. Tenho noção do meio em que estou ingressando. Sei como é complicado se manter sendo só ator de teatro, é difícil chamar público se você não tem rosto conhecido na TV. São poucos os que conseguem, como Denise Stoklos, Ana Kfouri... Mas, depois da minha primeira aula de teatro, aos 13 anos, decidi, era isso o que queria.
Ilha de Caras

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