Apesar de ser o menor país do sudeste asiático, com 710 km2, a cidade-estado de Cingapura é uma das economias mais robustas da região. Tanto que a ilha, com seus 4,5 milhões de habitantes, respira modernidade por todos os lados. Isso logo chamou a atenção de Cadas Abranches (55) para desenvolver o projeto do caramanchão e da pérgula, executado na Ilha por sua filha, a arquiteta Cristiana David (29). "Percebemos que a capital Cingapura é uma cidade nova, moderna, onde se vê muitas coisas high techs. Por isso, a nossa escolha em utilizar muito o tom prata. A gente quis sair da coisa do padrão Ásia, por ser um local que difere de todos os outros dessa região", contou Cristiana.
Logo que os vips desembarcam na Ilha, são recepcionados na pérgula. No amplo e confortável espaço, também muito utilizado para shows, foram colocados um sofazão de quase oito metros, além de poltronas e de uma mesa retangular de madeira escura. Os tecidos das almofadas são nas cores preta, branca e prata. "A gente pensou em um espaço agregador, para as pessoas chegarem na Ilha, se sentarem, baterem um papo com os amigos e se divertirem. Queremos que esse local seja muito utilizado", completou.
Ao fundo do caramanchão foi elaborado um enorme painel preto de 4m20 x 2m80, onde o artista plástico Stephane Javelle (44) fez uma espécie de pintura urbana, arte de rua, em referência aos cassinos de Cingapura, com dizeres como 'money, money...', e outras palavras relacionadas às novas tecnologias. Outro menor, com a mesma ideia, foi criado no bar. "Ele faz um excelente trabalho. Pedimos para fazer uma pesquisa sobre o país e criar em cima disso. Acho que deu um clima de modernismo, bem a cara dos bares de lá", disse a arquiteta, ao lembrar ainda que a elaboração dos painéis foi inspirada no Grande Prêmio de Fórmula 1 de Cingapura, lançado em 2008, que tornouse a primeira corrida da história da categoria realizada à noite, com iluminação artificial.
Nos lados direito e esquerdo do caramanchão, se vê ainda duas chaises brancas modernas e compridas, de 3m23 x 1m20, além de bancos móveis também na cor branca. "Nosso desejo é que se faça aqui grandes confraternizações em volta do bar. A gente quis deixar uma coisa meio minimalista, mas onde várias pessoas possam se sentar, com a opção de usar ainda essas banquetas móveis", contou ela. Cristiana disse ainda que o pai, o decano entre os profissionais que trabalham na Ilha, com 16 participações, não pôde ver o resultado final do projeto em Angra dos Reis por estar cumprindo agenda profissional nos Estados Unidos. "Mas ele acompanhou todo o desenvolvimento do trabalho", assegurou ela.