Quando começou seus estudos sobre a Malásia, Claudia Brassaroto (44) se surpreendeu com os contrastes gritantes desse país do sudeste asiático, com uma sociedade multicultural que abriga, além dos malaios, milhares de chineses e indianos. "Chama a atenção essa diversidade do novo com o velho. Ao mesmo tempo em que se vê aqueles prédios sofisticadíssimos, tipo arranha-céus, existe bem no meio do mar aquelas tradicionais palafitas. O mesmo se nota em relação às mulheres. Algumas andam na moda, com roupa de grife, enquanto só saem às ruas usando burcas", contou. Essas informações são destacadas pela arquiteta por meio de 10 quadros, com fotos dessas situações, pendurados na parede da sala. Mas para a decoração restante do espaço, ela preferiu focar no tradicional, utilizando mobiliários e adornos mais antigos. "Como aqui é uma Ilha, não tinha como trazer algo muito high tech. Na própria Malá sia, o moderno é visto mais na arquitetura estrutural dos prédios, não em seu interior. Por isso, optei por algo mais aconchegante e forte nos ambientes, que é exatamente a tendência que se vê em grandes hotéis de lá. Já esse contraste da sociedade, deixei para mostrar mesmo nos quadros", explicou Claudia.
As cores predominantes em seu ambiente são verde, laranja, rosa e azul, muito vistas nas pinturas de asas do país. No quarto, ela optou por uma cama com dossel. E para a cabeceira, utilizou uma porta de demolição, inclusive com a trava de entrada e as argolas para bater. "Pesquisando, vi que eles gostam desses tecidos, de cores quentes. E que adoram se sentir como reis e rainhas aconchegados em seu leito de descanso", disse ela.
Vasos com bromélias também dão um toque especial ao ambiente. "É uma das principais flores do país. Por isso, as utilizei em toda a parte de ornamentação das plantas. E com elas também quis trazer um pouco do tom rosa para o quarto, onde explorei mais o verde e o laranja. Gosto dessa harmonia", garantiu. Após se aprofundar na cultura diversificada da Malásia, que está se tornando um dos destinos turísticos mais quentes do sul da Ásia, Claudia já pensa em visitar o lugar. "Não conheço nada da região. A gente no Brasil costuma viajar ou para a América do Norte ou para a Europa e acaba não indo para lá. Mas, por coincidência, os meus projetos sempre têm um toque meio oriental, o que me encanta. Ainda não tive oportunidade, mas quando tiver, com certeza, farei um tour pela Ásia", garantiu ela.