Ao contrário do seu personagem em Araguaia, o Neca Tenório, um Don Juan tupiniquim, Emílio Orciollo Neto (36) garante ser um eterno romântico. "Quando estou apaixonado, sou parceiro mesmo, me dedico à pessoa que está comigo. Gosto de mandar flores. Sou um amante à moda antiga", confessa. Apesar disso, o ator conta que está solteiro desde 2007. "Está muito difícil conseguir alguém", justifica ele, que tem sua agenda profissional lotada de compromissos para 2011. Após a novela, inicia as filmagens de E Aí, Comeu?, longa-metragem que atua e produz ao lado de Bruno Mazzeo (33); e volta aos palcos, em agosto em São Paulo, com a peça Os Difamantes.
- O que uma mulher precisa ter para conquistá-lo?
- Ser parceira. A vida de solteiro é boa. Então, a pessoa tem que chegar para multiplicar. Claro que quero uma família. Mas ainda não aconteceu. Sou tranquilo, discreto e até tímido. Mas quando desejo algo ou bato o olho em alguém que me chame a atenção, vou atrás. Isso é para tudo na minha vida.
- E como vem lidando com o passar dos anos? É vaidoso?
- Me cuido. Envelhecer faz parte, precisa ser com dignidade. Você vai enxergando a vida por outros ângulos. Me acho bem melhor do que aos 20. Também estou mais seletivo em todos os sentidos, amizade, amor, trabalho. Sei o que não quero. Encheção de saco, por exemplo. Desejo paz, gente amiga e inteligente ao meu lado, que me enriqueça de poesia e sabedoria.
- O visual do Neca agrada?
- Até já acostumei com o bigodinho e o cabelão. Ele é um namorador, um 'galã de padaria.' (risos) Mas o trabalho do ator é isso. Não fazer sempre o bonzinho ou o mau, o protagonista ou o coadjuvante, mas personagens que tenham o que dizer.