Duda Miccuci e Luisa Borges: amizade à prova d’água

Na Ilha, atletas do nado sincronizado vibram com a primeira Olimpíada

por Daniel Vilela Publicado em 28/05/2016, às 10h29

Em Angra, as bicampeãs sul-americanas exaltam parceria. - FABRIZIA GRANATIERI

O laço de cumplicidade entre Duda Miccuci (20) e Luisa Borges (19), iniciado em 2009, dentro d’água, hoje transborda para além da piscina. “Não adianta sermos só duas boas atletas. A amizade influencia no resultado. É como um casamento. Precisa ter a mesma energia”, diz Duda, na Ilha de CARAS. Inseparáveis, agora elas têm pela frente um desafio e tanto para essa parceria. Atletas do nado sincronizado brasileiro, as duas foram escolhidas para representar o País nos Jogos Olímpicos do Rio, que começam no dia 5 de agosto. Além de se apresentarem em duas provas como dueto, ainda disputarão em conjunto, ao lado de outras seis atletas da Seleção. “Queremos ficar entre as 12 melhores”, conta Luisa. Apesar de ser sua primeira Olimpíada, experiência não falta a Duda e Luisa. Há sete anos como dupla, têm um currículo campeão e figuram no ranking das 15 melhores do mundo na modalidade, com a conquista do ouro nos Sul-Americanos de Mar Del Plata, 2014, e Assunção, 2016, e o quarto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 2015.

Atualmente solteiras, elas mantêm uma agenda exaustiva de treino, responsável pela boa forma das jovens: Duda tem 55kg em 1,67m; e Luisa, 54kg em 1,67m. “É um dia a dia difícil, bastante pesado, mas faz parte”, diz Duda. Ela e a parceira foram as primeiras atletas desse esporte a ingressar no Programa Olímpico da Marinha, o Prolim. Mas para chegar ao posto de terceiro sargento, enfrentaram um curso de sobrevivência na selva, acampadas, durante um fim de semana, na Ilha da Marambaia, Rio. “Fizemos toda a preparação de um militar”, conta Duda, que, ao lado de Luisa, fará uma semana de treinamento na Rússia.

Como vocês se conheceram?
Luisa – Em 2008, entrei no Fluminense para treinar. Um ano depois, veio a Duda. Nosso dueto vem desde essa época.

A afinidade fora d’água ajuda dentro da piscina?
Luisa – É essencial! Nosso ponto forte é o sincronismo, acertar os pequenos detalhes.

Às vezes, não rola de vocês discutirem a relação?
Duda – É normal haver um desentendimento, faz parte. Mas isso não dura nem um dia.

Luisa – Logo depois, vamos juntas a festas, cinema, praia...

E como é o dia a dia da dupla no esporte?
Luisa – São sete horas de treinamento por dia. Dentro e fora da piscina. Fazemos ginástica para dar mais força e flexibilidade, além das coreografias na água. Depois ainda tem musculação e, em alguns dias, circuito.

O cabelo de vocês não sofre muito com o treinamento?
Duda – Precisa tratar sempre, fazer hidratação toda semana. O cloro da piscina estraga muito e a touca quebra demais os fios.

Luisa – É bom passar silicone nas pontas antes de entrar na piscina para proteger do cloro.

São vaidosas?
Luisa – O esporte exige isso! Estamos melhorando. Uma vez, minha mãe implorou para a Duda: “Ensina ela a passar uma maquiagem, nem que seja, uma base”.

E a questão dos cuidados com o corpo?
Duda – O nado sincronizado é muito estético. Para um bom resultado, não pode ser muito musculosa nem muito magra.

Luisa – Nem flácida, claro!

O que foi mais difícil no treinamento militar?
Duda – Tudo, não imaginava nem que teria de fazer treino de sobrevivência na selva...

Luisa – Morri de medo! A pior parte foi quando um sapo pulou em mim. Coisa gosmenta...

O que de melhor o esporte trouxe a vocês?
Duda – A nossa amizade. Se não fosse o nado sincronizado, não teria conhecido a Luisa.

Luisa – Daqui a pouco vou chorar! Para com isso... (risos)

Ilha de Caras

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