'Faltou amor. Por isso eu me separei'
Mais consciente, atenta e se reconectando com a vida de uma forma simples. Com essas palavras, Daniela Escobar (42) define sua fase em que, além de novamente solteira, retornou ao Rio após quatro anos nos Estados Unidos, onde cursou Cinema na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. "Voltei a prestar atenção e a sentir alegria ao ver o pôr do sol. E a ter prazer no delicioso caos urbano carioca", explica ela, que fala pela primeira vez sobre o fim da união com o empresário Marcelo Woellner (41), em novembro de 2010. "Recentemente é que informaram que aquele casamento noticiado há um ano tinha acabado. O que não quer dizer que tenha durado um ano, o que não significa que sequer tenha começado...", constata. Segundo Daniela, além de curtir os singelos momentos do dia a dia e a fase pré-adolescente do filho, André (12), da união com Jayme Monjardim (54), ela também está feliz com a carreira. Depois de ter participado de Ti Ti Ti, após seis anos longe das novelas, conta que deve ainda neste semestre retornar à TV no elenco de uma nova trama. Já no cinema, em 2010, a atriz atuou no longa 400 Contra 1 - Uma História do Crime Organizado e agora estuda propostas para outros filmes.
- A distância pode ter atrapalhado o relacionamento?
- Não a geográfica. Acredito que foi falta de amor mesmo. De ambos os lados. Quando as prioridades de cada um falaram mais alto a ponto de redirecionar os caminhos, fica claro que não se tratava de amor o que nos uniu. É evidente que a maneira de enxergarmos a vida e o casamento em si eram distintas. Diria incompatíveis. E uma vez que se tenha consciência disso, é inevitável desejar felicidades ao outro e cada um seguir o seu prório caminho.
- Muitas pessoas terminam uma relação e emendam em outra. Como você se avalia, sabe viver sozinha?
- Sei. Um bom livro e um bom filme valem mais que uma companhia errada. Se não estou feliz, não fico junto. Não importa fazer inventário de culpas. Quando duas pessoas são muito diferentes, ninguém é culpado. Passei por momentos bastante difíceis. Mas quem não passa? Todo mundo já fez escolhas das quais se arrependeu amargamente. Somos humanos. E é errando que se aprende.
- Mudando de assunto, como está o seu filho, agora de volta ao Rio de Janeiro?
- Um verdadeiro homenzinho. Após quatro anos nos EUA, está na fase de querer ficar um tempo no Brasil. Foi uma experiência fantástica para ele. Hoje, escreve e fala fluentemente o inglês. Eu, Jayme e toda a família temos muito orgulho dele.
- Por ter estudado Cinema nos Estados Unidos, como avalia as produções nacionais?
- Acho que faltam bons roteiros. E as histórias deveriam ser menos regionais e mais universais. Histórias de amor, comuns a todos e com finais felizes. No estilo que dê ao espectador o que ele quer, mas não do jeito que espera. É o que estou tentando fazer no meu trabalho de roteiro, porque as pessoas querem se emocionar.
- Quando vai mostrar um dos seus roteiros?
- O meu 'menino dos olhos' já está no sexto tratamento. Mas ainda não chegou o momento certo para mostrar. É que tem uma coisa violenta do ser humano, de aprender a lidar com o próprio ego. E eu ainda estou nessa conversa com o meu. Você fica receosa de críticas de má qualidade. E acaba demorando para acreditar que é capaz. Mas escrevo desde pequena. É uma necessidade, a garantia da minha sanidade mental.