Bia Lula da Silva

Neta do ex-presidente estreia como atriz: ‘Ele ensinou a seguir o sonho’

Redação Publicado em 05/04/2011, às 12h31 - Atualizado em 06/04/2011, às 17h17

Na Ilha, a neta de Luiz Inácio Lula da Silva fala da preparação para atuar na peça A Megera Domada, com estréia no segundo semestre, no Rio. - FOTOS: JOÃO MÁRIO NUNES; BELEZA: DUH; AGRADECIMENTOS: DATELLI, LUA NUA, BUMBUM, OPALOCKA E LUNETTERIE
A trajetória de luta e de conquistas do avô materno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (65), sempre foi motivo de orgulho para Maria Beatriz Lula da Silva Sato Rosa (15). Foi seguindo os conselhos dele que decidiu realizar um grande sonho, o de se tornar atriz. "Ele diz que não é para ter medo do que os outros possam falar e que devemos seguir o nosso coração", lembra ela, na Ilha de CARAS. Filha da jornalista Lurian Lula da Silva Sato Rosa (36) e do assessor parlamentar Marcelo Sato Rosa (36), Bia, como é carinhosamente chamada pela família, aceitou o convite dos produtores, os irmãos Oddone Monteiro (39) e Fátima Monteiro (49), para atuar na peça A Megera Domada, de Shakespeare (1564-1616), com tradução e adaptação de Walcyr Carrasco (59). Com isso, a partir desse mês, a rotina da jovem, que dará vida na montagem à doce Bianca (irmã de Catarina, a 'megera'), vai mudar totalmente. Durante os fins de semana, ela deixará Florianópolis, onde vive, e viajará ao Rio, para ter aulas de preparação voltadas ao espetáculo, com estreia prevista para o segundo semestre nos palcos cariocas. Seus primeiros encontros serão com a renomada fonoaudióloga Glorinha Beuttenmüller. "Ela disse que, se eu quiser mesmo atuar, preciso estudar muito. Não é só chegar lá e fazer. Eu decidi encarar o desafio", conta Bia. - Quando resolveu ser atriz? - Faço balé desde os 3 anos. Também pratiquei dança de rua, de salão, jazz. Sempre gostei de tudo relacionado à arte. E ficava pensando também na possibilidade de atuar. Mas eu sonhava alto, até em ir para os Estados Unidos (risos). Um dia falei sobre isso com a minha mãe. Ela conversou com o Oddone e ele propôs a peça. - Não teme críticas? - Independentemente do que eu for fazer em minha vida, críticas sempre vão ter em relação a mim, por causa do meu sobrenome. Por mais que eu me esforce em fazer bem. Então, tenho que tentar me superar. Quando aceitei, minha mãe ficou preocupada. Ela acha que eu tenho que seguir os meus desejos, mas diz que a minha prioridade é a escola, que não posso abrir mão dos estudos por nada. - Já comentou com o seu avô sobre a peça? - Minha mãe falou com ele, até para saber se achava que seria bom para mim. Ele disse que eu tinha que fazer o que realmente tivesse vontade, exatamente como ele sempre fez na vida. - Como é a relação de vocês? - Muito boa. Ele hoje é até mais próximo de mim do que da minha mãe. Quando era presidente, ele acabou se afastando um pouco da família por causa de todos os compromissos. Mas agora a gente se liga sempre. Passei um mês em São Paulo e nos falamos bastante. É uma relação normal de neta com avô. Sempre que me encontra, ele me pergunta da escola (risos). - O que mais gosta nele? - Admiro tudo. Pelo lado político, acho que quebrou preconceitos. As pessoas não esperavam tanta coisa dele e hoje é respeitado. No lado pessoal, por tudo o que viveu, podia ser um homem mais duro, mas tem um coração enorme. Tudo o que você precisar, ele vai dar um jeito de ajudar. É extremamente generoso. - Qual o momento que nunca esquecerá ao lado dele? - Minha festa de 15 anos. Ele ainda era presidente e eu não imaginava que comparecesse. Nunca tinha me visto dançar balé, nem ido aos meus aniversários por causa da política. Foi a primeira vez que passou a data ao meu lado. Acho que foi um dos melhores dias da minha vida. - Você tem namorado? - Tinha. Gosto de sair, ir a festas. As paqueras acontecem normalmente. Minhas amigas dizem para tomar cuidado, porque muita gente se aproxima pelo meu sobrenome. Isso até pode acontecer, mas eu não ligo. Se for duvidar de todo mundo, não dá. Também existe muita gente legal.
Ilha de Caras

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