Marcelle Bittar em momento zen: "Estou feliz"

Com a profissão de modelo de novo no centro das atenções com a polêmica novela global Verdades Secretas, tops já consideradas veteranas como Marcelle Bittar (33) — são 16 anos de profissão desde que começou, aos 17 anos de idade — são representantes máximas do universo fashion. Ao voltar à bela paisagem de Foz do Iguaçu, que conheceu uma vez na infância, em família, a paranaense de Guarapuava exalta sua terra natal e revela como vive atualmente, solteira e muito feliz com suas conquistas e anseios, fazendo uma avaliação de sua vida atual, que passa por uma mudança.

– Como avalia seu momento?
– Estou passando por um momento de transformação. Reduzi meu ritmo de trabalho para me dedicar a cursos na área de Comunicação. Estou feliz com este momento, pois consigo ter mais tempo para mim.

– Pensa em se aposentar, como fez sua contemporânea, Gisele?
– Gisele é um pouco mais velha que eu e acredito que ela apenas vá deixar de desfilar, mas as campanhas publicitárias continuam. Acho a palavra ‘aposentadoria’ um pouco forte, pois na moda isso não existe muito. Você diminui o ritmo de trabalhos e, aos poucos, vai se interessando por outras coisas. Naturalmente, vai se envolvendo em projetos paralelos. Acho estranha a ideia de acordar um dia e decidir ‘hoje vou parar de trabalhar como modelo.’ Mesmo se você não esteja querendo mais trabalhar e alguém te liga para fazer uma campanha bacana, não vai topar por quê?

– Achou que atingiria o topo?
– Tive a sorte de trabalhar relativamente bem no Brasil. O problema foi quando cheguei em Nova York pela primeira vez. Fiquei um tempão sem fazer nada, com uma dívida enorme na agência. Pensei que a profissão realmente não fosse para mim e que estava na hora de voltar para casa. Me mandaram para Paris e a primeira pessoa que conheci lá foi o Mario Testino, que, de cara, resolveu me ‘apadrinhar.’ O mundo da moda tem destas coisas, de conhecer a pessoa certa na hora certa e a vida mudar.

– O que a fascina ainda?
– Como a moda está sempre mudando. A roupa que jamais pensaríamos usar novamente, de repente, aparece repaginada. A moda se reinventa.

– Do que mais se orgulha?
– Como nunca pensei que chegaria onde cheguei, me orgulho de tudo. Todos os trabalhos que fiz foram importantes e fizeram parte da construção da minha carreira, mesmo os mais simples. Também tenho muito orgulho de poder ter ajudado as pessoas que eu amo. A profissão me proporcionou muita coisa boa; viajar o mundo, conhecer países e culturas diferentes, trabalhar ao lado de gênios da moda. Fiz grandes amizades também, para a vida toda. No sentido material, a profissão me proporcionou uma qualidade de vida melhor. Pude proporcionar uma vida melhor à minha família também.

– Se vê trabalhando em algo que não seja moda?
– A moda ainda é muito presente na minha vida, mas não teria nenhum problema em trabalhar em outra área. Estou sempre pronta para aprender e encarar novos desafios. Em 2008, fui convidada pela Record para ter um programa todo meu no Rio e a experiência foi maravilhosa, amei! Descobri uma paixão que, até então, não conhecia. Daí decidi estudar e aprender mais, fiz vários cursos e participações na TV. Me formei no curso de Jornalismo para TV da New York Film Academy, onde aprendi tudo o que acontece atrás das câmeras, direção, produção e edição. Acho importante ter noção do trabalho como um todo, não apenas ficar bonita em frente às câmeras.

– Como é estar solteira?
– Recentemente saí de um relacionamento de quase seis anos, então posso dizer que estou me namorando bastante neste momento. (risos) Às vezes, me sinto pressionada para casar e ter filhos, mas não ligo muito para o que dizem. Acho que cada um tem o seu tempo. Quero muito montar minha família, mas primeiro estar 100% feliz comigo mesma.