Em comunicado oficial, John Galliano, estilista demitido da Dior após declarações antissemistas em público, nega acusações e ainda pede desculpas pelo tom ofensivo de seus comentários
John Galliano finalmente falou. Após ser acusado - e por essa razão demitido da grife Dior que sustentava seu nome - de preconceito ao fazer comentários antissemistas publicamente, o estilista divulgou um comunicado em que nega todas as acusações feitas contra ele e tenta esclarecer o caso:
"Fui vítima de assédio verbal. Uma pessoa tentou me agredir por conta da minha aparência e das minhas roupas. Por isso, iniciei processo contra as ameaças feitas a mim", escreveu Galliano.
Em um vídeo divulgado na internet, o estilista aparece distribuindo comentários preconceituosos em um bar de Paris. Em nota, ele disse ter agido daquela forma por autodefesa.
Antissemitismo e racismo não tem espaço em nossa sociedade. Eu peço desculpas pelo meu comportamento e por causar algum tipo de ofensa. Sempre lutei contra o preconceito, intolerância e discriminação. No meu trabalho tento unir as raças, crenças, religiões e sexualidades celebrando a diversidade cultural na moda. Sei que as acusações feitas contra mim chocaram. Assumo minha responsabilidade. Estou buscando ajuda e esperando o tempo curar minhas falhas pessoais", complementou Galliano, que no início da semana
internou-se em uma clínica de reabilitação.