Gustavo Lins: prestígio em Paris

Na semana passada, o estilista brasileiro Gustavo Lins recebeu uma notícia. Em 2011, depois de cinco anos, ele não fará mais parte da categoria membro convidado da Semana de Moda de Paris. O que, na verdade, é ótimo, porque ele será o segundo brasileiro a entrar para o hall da alta-costura. "Tornei-me membro permanente da Chambre Syndicale de la Haute Couture Parisienne", contou. A decisão da seletíssima Câmara Sindical, a maior instituição de moda do mundo, foi tomada no dia 7 de janeiro e dá à marca Gustavolins o direito de usar a denominação Haute Couture. Mais do que uma fatia da indústria da moda, os ateliers de alta-costura funcionam como verdadeiros laboratórios de inovação e precisam, necessariamente, estar em Paris. Segundo José Luis de Andrade, mestre em moda e professor do curso de Design em Moda do Centro Universitário Senac, é ali que são desenvolvidos os produtos mais elaborados e representativos de um processo de criação em que a imaginação não tem limites e, muitas vezes, nem os custos são levados em consideração. Enquanto a indústria se repete, a alta-costura antecipa as tendências. Nascido em Minas Gerais, Gustavo é arquiteto de formação e mora há mais de duas décadas na França. Antes de abrir sua própria maison, em 2003, trabalhou em alguns dos principais ateliês parisienses, como Louis Vuitton, John Galliano e Agnes B. E, recentemente, foi considerado um "verdadeiro artista" pelo Presidente da Câmara, Didier Grumbach. Agora, no calendário de haute couture primavera-verão 2011, no dia 25 de janeiro, seu nome figura ao lado de Chanel e Givenchy. Em entrevista a Caras, no início de 2009, ele comentou que desfilar Alta Costura dá maior visibilidade. "Além de ganhar reconhecimento mundial, estarei no coração e no cérebro do business", disse. A íntegra da matéria, publicada no Especial Caras Fashion edição I, você pode ler aqui