por Bianca Portugal O ator e diretor Marcos Paulo (56) não acreditava em amor à primeira vista até conhecer a atriz Marina Mantega (25). Passados sete meses desse primeiro encontro, ele admite que "rolou alguma coisa" naquela noite. "Estávamos com amigos em Comandatuba e sentei na frente dela para jantar, sem nenhuma intenção. Não a conhecia, mas foi impressionante. Bati o olho na Marina e senti algo. Nem sabia se tínhamos empatia. Isso só veio depois", lembra o ator. Marina, por sua vez, conhecia não apenas o lado galã de Marcos, exposto em mais de 30 novelas, mas também sua fama de mulherengo. Mesmo assim, não se intimidou. "É experiente, sabe o que dizer. É bom de papo, por isso qualquer mulher cai na conversa dele. Por que eu não cairia?", brinca a atriz, filha do ministro da Fazenda Guido Mantega (57). Hoje, o relacionamento segue cada vez mais firme. Após uma lua-de-mel de um mês pela Europa, onde conversaram pela primeira vez sobre a possibilidade de casamento e filhos, ainda sem um projeto mais concreto, Marcos e Marina já planejam outra viagem. Desta vez, para a Disney, com o objetivo de estreitar a relação da atriz com Giulia (6), filha caçula do ator com Flávia Alessandra (32). "Me dou muito bem com ela. Giulia é um amor. Muito bem educada e carinhosa. Na verdade, também já conhecia as outras duas filhas dele, Vanessa e Mariana. Adorei todas e acho que elas também gostaram de mim", disse Marina. Nem mesmo a diferença de idade e o preconceito atrapalharam a vida a dois. "Os amigos dela frisavam muito que sou bem mais velho e já percebi vários olhares. Mas o que importa é que estamos felizes", contou Marcos, que se prepara para dirigir a 12ª novela, com o título provisório de Milagre do Amor, que sucederá Eterna Magia às 6. - Existe vantagem na diferença de idade? Marina - No começo, meus amigos falavam que ele era bem mais velho. Eu sempre respondia que estava me descobrindo como mulher. E, por mais que exista a diferença, está sendo ótimo. O bom é que o Marcos não tem mais tempo para brincar. Ele já tem 56 anos. É um homem. Não vai querer ficar fazendo besteiras como um cara de 30, que vai sair com um bando de mulheres. Sei que ele já foi casado quatro vezes e teve um monte de namoradas, mas ele tem que pôr na cabeça que ou pára agora ou vai ser um velhinho sozinho. Marcos - Um velho babão! Se eu pudesse ter o corpo de 25 anos e a cabeça de 56... (risos). A verdade é que para mim ninguém fala nada sobre a diferença de idade, mas tenho certeza que falam pelas costas. E o bom da nossa relação é que temos a oportunidade de ver o mundo com os olhos de uma outra idade. É uma boa troca. Tem coisas que encarava de forma sectária, com opinião formada, e de repente vejo que não é bem assim. Marina - Eu pago as minhas contas e ele paga as dele. Não vou deixar de ficar com quem eu amo porque as pessoas não concordam. Nós é que importamos. E estou aprendendo que não devemos julgar ninguém, o que as pessoas fazem muito e de forma irresponsável. Eu mesma não achava bacana uma mulher nova com um homem mais velho. Tinha preconceito e tomei na testa (risos). - Você tem medo de envelhecer, Marcos? Marcos - Envelhecer não é problema para mim. O que importa é a qualidade de vida e a saúde. Por isso não faço dieta, mas tenho alimentação regrada. Não como doces ou frituras, almoço carne e salada e, à noite, tomo uma sopa de legumes em casa. Se sair, vou a um japonês. Mas também nunca gostei de comer besteira, a não ser amendoim, que me tira do sério. Além disso, corro e jogo tênis quase todos os dias. Todo mundo envelhece, a não ser quem morre tragicamente. Portanto, espero muito ficar velho. Marina - Ainda não penso em envelhecer, mas claro que me cuido. Faço ginástica três vezes por semana e também procuro não comer besteira. Para completar, duas vezes por semana faço drenagem linfática bem forte. Por isso fico cheia de marcas roxas nas pernas. As pessoas olham estranho, mas vou logo avisando que não tem nada a ver com o Marcos. (risos) - E medo da solidão? Marcos - Tenho bastante. É muito melhor você ter alguém do seu lado. Uma companhia mesmo. Eu não gosto de ficar sozinho, acho a solidão uma coisa muito chata. Marina - Ele tem pavor mesmo de ficar sozinho. - Por isso comprou um cão? Marina - O Akil é nosso primeiro filho. Já conversamos sobre ter um filho mesmo, mas, enquanto isso, ele é o nosso bebê. Marcos - E a Giulia também queria um cão. Enrolei porque achava que ia dar trabalho. Mas, com exceção de levá-lo para fazer xixi e cocô, porque ele é um bebê de apenas alguns meses, estou encantado. Ele é um rodesiano, um cão africano usado para caçar leão. O nome Akil significa inteligência em um dialeto africano. Aprendi quando estive na África por conta de Páginas da Vida. - Vocês estão felizes? Marcos - Muito. Marina - Nunca estive tão feliz na vida. Marcos - Oba! Coordenação de Produção: Claudio Lobato; Produção: Mirian Fonseca; Beleza: Duh. FOTOS: FERNANDO LEMOS/LEMOS FOTOGRAFIA