Artista plástico mistura décor e histórias em seu lar
Apesar do estilo colorido e originalíssimo no vestir e da pop art de tons vibrantes que fez sua fama, Roberto Camasmie (60) é clássico “para morar”. Seu apartamento de 500m², em SP, tem precioso mobiliário criado pelos artesãos do tradicional Liceu de Artes e Ofícios paulistano. Tudo herança da mãe, a culinarista da alta sociedade Jacira Camasmie, falecida há oito anos. O artista, que mora com a única irmã, a empresária Daisy Camasmie (59), é conhecido internacionalmente por retratar celebridades como Catherine Deneuve (70), Dilma Rousseff (66), o papa Francisco (77) e Michael Schumacher (45), obra feita em 2003 e que ele voltou a expor em sua galeria — na nobre esquina da Rua Bela Cintra e Alameda Lorena, nos Jardins —, após o ex-piloto sofrer acidente em estação de esqui. “Quero que o público interaja com a obra, formando uma corrente de boas vibrações para ele.” Até a diva Sophia Loren (78), tem uma tela dele em sua residência de Paris. Ele a retratou com os filhos na década de 1980.
– Quem decorou sua casa?
– Eu e Daisy deixamos a decoração da maneira que nossa mãe fez. Só dei um toque contemporâneo incluindo algumas obras de arte. Não é um estilo clássico, é um provençal e essa linha cabriolet que está voltando. Tem um pouco do estilo inglês também.
– É uma surpresa ver um artista que gosta de cores vibrantes vivendo em uma casa sóbria.
– Acho que a casa da gente não precisa espelhar o que a gente é. Por que eu gosto de me vestir assim não significa que a minha casa tenha de ser de vanguarda. Adoro o contraste. Gosto da liberdade de brincar. Em tudo. Na arte de decorar, na arte da arquitetura, na arte da engenharia, em tudo!
– Quais locais aqui onde passa a maior parte do seu tempo?
– Fico muito na sala de almoço. É onde geralmente faço todas as minhas refeições. Uso louças da Companhia das Índias, de Macau. Adoro. Também fico muito na biblioteca. Daisy usa o computador e, às vezes, eu desenho. Trabalho mesmo é na galeria, mas, aos sábados e domingos, posso pintar em casa e, para isso, prefiro a área de serviço. Tenho no hall íntimo um altarzinho da minha mãe. O banheiro? É uma salle de bains.
– Como é a sua rotina?
– Eu me levanto às quinze para as seis, vou para a academia, faço musculação todo dia. Também pratico natação duas vezes por semana. Volto para casa, abro a janela do meu quarto e tomo meus vinte minutos de sol. Leio os jornais, tomo banho e vou para a galeria. Lá, fico até uma hora da tarde. Venho almoçar em casa desde a época da minha mãe. Retorno à galeria, onde agora também tenho um espaço para eventos, e recebo os clientes até mais ou menos seis e meia. Aí, tenho aula de dança. Quero até montar grupos para dançar forró, salsa... Não sou da noite, sou do dia; uma pessoa caseira. Mas gosto de encontrar pessoas queridas, bater papo, beber um bom vinho.
– Você pinta durante viagens?
– Adoro desenhar fora. Quando viajo sempre faço a minha visão do lugar. Na Europa, EUA, Punta, Alasca... Sempre levo uma tela comigo. Adoro interpretar o que presencio.
– Como você define ‘lar’?
– Meu aconchego, minha segurança. Aqui, me sinto protegido, escondidinho. ‘Lar’ é ter a sua privacidade e estar com quem se ama.
– Você é uma pessoa difícil?
– Todo artista é difícil. Sou difícil pois sempre quero ‘arranhar o céu’. Sou metódico, organizado.
– E quanto ao amor?
– Então... Está faltando isso na minha vida. Achava que o trabalho era o mais importante. Há uns seis anos, vejo que não é tão importante assim. Você tem de ter alguém, compartilhar, ser agradável, rir um pouco... Preciso acender essa luz. Sinto muita falta de um grande amor.
Confira detalhes de decoração luxuosa do casamento de Monique Evans e Cacá Werneck
Neymar Jr personaliza árvore de Natal luxuosa com fotos da filha, Mavie
Juliana Paes arrasa com decoração diferentona na árvore de Natal
Lore Improta monta decoração encantadora de Natal com a filha: "Mágica"
Esposa de Roberto Justus recebe convidados em jantar à francesa: "Elegância surreal"
Arquiteta Soraia Nunes cria projeto para impactar positivamente a saúde mental dos moradores