Tons claros e neutros montam o cenário ideal para um show de móveis assinados, obras de arte e texturas inesperadas
Um lugar claro, muito iluminado, aconchegante e sofisticado. Com um bebê e uma criança pequena, era assim que o jovem casal de executivos imaginava seu novo lar. E foi exatamente isso que a arquiteta Débora Aguiar entregou depois de mais de seis meses de trabalho. “Apesar da cara moderna, o projeto tem algumas pinceladas de clássico e valoriza os espaços de convivência, como o living e as salas de televisão e almoço”, diz Débora. Os tons monocromáticos, que variam de crus e off-whites até uma rica variedade de fendis, além de sofisticados, valorizam a luz natural e criam um pano de fundo perfeito e discreto para as futuras aquisições da família. “Casa é eterna e será montada ao longo da vida”, afirma a arquiteta.
Débora foi contratada com o apartamento de 500 m2, no bairro do Itaim-Bibi, em São Paulo, ainda em construção. Isso permitiu que algumas adaptações fossem feitas no projeto original sem a necessidade de grandes reformas. “Não que seja pior ou melhor, mas muitas vezes os apartamentos antigos não têm plantas atualizadas e fica difícil saber por onde passam os canos ou o que tem atrás de uma parede”, explica. E com exceção de uma mesa, algumas obras de arte e os objetos pessoais, a maior parte dos móveis foi comprada especialmente para esse apartamento. “O casal gostou bastante da ideiade investir mais em peças assinadas”, conta Débora. “E um bom projeto de criação tem de ter muito do cliente, uma integração de ideias e sugestões.”
Com ares modernos, a casa tem diversos toques clássicos, como o piano que está na sala. “A família é bastante musical e a mãe toca piano muito bem”, revela Débora. “Encontramos esse piano antigo em Brasília e fizemos uma restauração importante, de meses”, recorda. No mesmo ambiente, a estante revestida de camurça guarda fotos, pequenas coleções e outros objetos que contam a história de vida dos moradores. Uma chaise-longue de couro café, dois sofás e duas poltronas Etel Carmona completam o espaço. O piso de mármore fosco, mais leve, uniforme e contemporâneo, se espalha por toda a área social. Com portas de correr laqueadas feitas sob medida, living, sala de jantar e terraço se integram harmoniosamente.
O projeto técnico de iluminação mesclou diversos tipos de lâmpadas para atingir os mais variados efeitos. Para iluminar e destacar quadros e outros objetos especiais, por exemplo, foi usada uma iluminação mais focada, com lâmpadas dicroicas ou AR. Mas em nichos, estantes, vãos contínuos e sancas foi usada uma luz indireta. “Nesses casos, optamos pelo LED, porque ele é mais sustentável e emite menos calor”, diz Débora. Na sala de jantar, a iluminação embutida ganhou o reforço de um lustre antigo de cristal de rocha e, na sala de almoço e no terraço, o charme e o despojamento ficaram por
conta de um lustre de tecido e outro de fibra natural malacca. “Com uma iluminação bem resolvida, é possível se obter cenas diferenciadas, desde uma bem clara, com tudo aceso, até outras mais dramáticas, com apenas alguns pontos especiais acesos, ou mais intimistas, com rasgos de luz dimerizados”.
Para contemplar todos os sentidos, há ainda uma boa dose de texturas pela casa. Em toda a área social, e também na suíte principal, por exemplo, as paredes são revestidas com palha de seda em diferentes tonalidades. “Esse tecido é feito em um tear manual e quase não tem emendas”, conta Débora. Extremamente resistente e durável, esse material pode ser utilizado em qualquer lugar, mas não é recomendado para áreas molhadas, porque a cola não resiste e o pigmento natural pode desbotar. Além de agradável ao toque, essa opção é visualmente interessante e oferece diversas possibilidades.
No quarto do casal, de uma maneira bastante acolhedora, a palha de seda em tom amendoado se mistura à madeira peroba do piso e ao couro dos painéis soltos. Na sala de jantar, em uma proposta mais formal, o espelho bisotado dá amplitude e, ao lado da seda rústica das cadeiras e do linho das cortinas, completa o jogo de sensações. Na sala de almoço, a madeira ripada da adega, a palha de seda cor erva-doce e a mesa redonda de madeira freijó ditam o clima de “casinha” do ambiente.
Na cozinha, imaculadamente branca, chama atenção a parede revestida de madeira teca. “Ela é própria para áreas molhadas, superfácil de limpar, e quebra a frieza do ambiente todo branco”, diz a arquiteta. Tanto o piso quanto a bancada são de silestone (quartzo e cristais com resina), um material bastante luminoso e resistente. Prática e clean, a cozinha tem como maior objetivo deixar tudo sempre organizado para o dia a dia. Mas para eventos mais exclusivos, dias especiais e datas comemorativas, uma cozinha completa no amplo terraço em forma de "L" tem cooktop, geladeira, pia, churrasqueira e forno de pizza. Lá, uma parede de madeira de demolição ajuda a criar uma atmosfera mais despojada que combina com os sofás do lounge, os vários vasos de plantas, a mesa laqueada com tampo de vidro e as cadeiras de madeira e couro sintético. Se não fosse o horizonte repleto de arranha-céus que se revela através da tela solar, ninguém diria que esse mar de tranquilidade fica incrustado no meio de uma selva de pedra como a cidade de São Paulo.
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