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Sophia Abrahão, Sérgio Malheiros e Marcelo Serrado dão vida a personagens da animação, 'Ron Bugado'

Sophia Abrahão, Sérgio Malheiros e Marcelo Serrado falam com carinho do trabalho que fizeram em Ron Bugado, nova animação distribuída pela Disney

Valentina Rosa Publicado em 21/10/2021, às 15h01 - Atualizado às 15h13

Dubladores de 'Ron Bugado' celebram participação na animação - ©2020 20th Century Studios. All Rights Reserved

Nesta quinta-feira, estreou em todos os cinemas do Brasil, a mais nova animação da 20th Century Studios, Ron Bugado. O filme, feito para toda a família, conta uma história de amizade, diversão e muitas aventuras, vividas pelo protagonista Barney e o robô Ron, do modelo B*Bot, um dispositivo digital que anda e fala, projetado para ser a solução perfeita para passar pelos desafios escolares. Entretanto, Ron tem alguns defeitos, o que o tornam um modelo único. 

Aqui no Brasil, o desenho recebeu as vozes famosas de Sophia Abrahão (30), Sérgio Malheiros (28) e Marcelo Serrado (54). O trio bateu um papo com a CARAS Digital para falar um pouco de como foi trabalhar com dublagem e até fizeram algumas revelações tecnológicas exclusivas para o site. 

O papo começou com cada um deles dando detalhes sobre seus personagens. Sophia faz a professora de Barney, Miss Thomas: "A minha personagem é a miss Thomas, que é a professora do Barney, nosso protagonista! Durante o filme, ela tenta ajudar o Barney... Ela é uma das únicas pessoas que tem uma relação de verdade com ele na escola. Então ela tenta ajudá-lo socialmente, ela incentiva ele a fazer amizades! Ela é meio que a guardiã dele na escola e está sempre ao lado do nosso protagonista que tem esse bloqueio social, que vai sendo quebrado ao longo do filme."

Já Sérgio dubla Mark, o dono da empresa de tecnologia que criou o B*Bot: "Eu sou o Mark, que é o cara que criou esse algorítimo e é o dono dessa empresa chamada Bubble, que é A Bolha' e é um cara que é meio Steve Jobs, é um cientista, um técnico e louco pelo que criou, pela informática. E quando ele descobre o Ron, que é esse robô do Barney, ele acredita que o robô veio com um defeito e ele vai até o Barney pra se desculpar depois de alguns incidentes. Lá ele descobre algumas coisas sobre o Ron e vai viver uma aventura muito maneira com o Barney atrás do Ron." 

Marcelo, por sua vez, será o pai do protagonista, o responsável por dar o robô para o pequeno: "O Jackson é um pai que faz tudo pelo filho, é apaixonado. É um pouco trapalhão também, é divertido e tem aquele lado meio trapalhão, que se parece um pouco comigo. E é meio esquecido das coisas. E mora com o filho, é apaixonado pelo filho e vê o filho nessa situação toda, de querer ter o que os amigos tem e dá esse presente."

É claro que eles não poderiam dar voz a esses personagens sem se identificar pelo menos um pouco com eles. Marcelo viu seu lado paizão estampado na tela: "É um pai que eu me identifico nesse sentido, de querer agradar o filho. De querer fazer o filho feliz. O mais importante é o acolhimento e amor… ". Sérgio se enxergou tanto em Mark que viu até uma semelhança física entre ele e seu desenho: "Eu sou o meu personagem inteiro! Desenharam pra mim... Pegaram uma foto minha e fizeram o Mark. Eu acho paracidissimo! E eu sou um cara que gosto de tecnologia pra caramba, sou muito apaixonado pelo que eu faço, sou um cara mais apaixonado pelo trabalho do que necessariamente pelos ganhos finannceiros que ele vai me dar.. Então eu acho que eu sou bem parecido com o meu personagem nesse sentido."

Sophia viu já um lado mais carinhoso de sua personagem comparada a sua vida: "É meio difícil falar de uma característica dela (Miss Thomas), mas eu me considero acolhedora na vida e eu acho que essa é uma característica bem marcante da minha personagem.". Sérgio então interrompeu a noiva, dando destaque a uma outra característica de Miss Thomas: "Mas a sua personagem faz com o Barney, o que você odiava que a sua mãe fazia com você.". Sophia então contou uma história de sua infância: "Eu sou uma pessoa tímida, apesar de não parecer. Então pra conhecer pessoas novas, isso é, até hoje, um pouco difícil. Mas na minha adolescência muito mais difícil. E aí a minha mãe teve essa fase de vai fazer amizade, olha a amiguinha, olha a criança X. E a Miss Thomas é essa pessoa que oferece o Barney para fazer novas amizades. Eu acho que isso a gente tem em comum, de querer ajudar, de estar sempre acolhendo, de estabelecer essas relações sociais"

O trio ainda contou um pouco sobre o processo de dublagem. Sophia e Sérgio nunca haviam trabalhado com isso e adoraram a novidade: "Eu adoro animação, vejo todas! Desde as animações infatis, até animações adultas, eu adoro! Eu assisto, curto... Gosto dos dubladores americanos, gosto da galera que faz desenho, gosto dos roteiristas e dos atores que fazem o desenho, lá fora a gente tem muito essa cultura. Gosto dos desenhos brasileiros também, das animações brasileiras. Eu sempre tive essa vontade, então, quando chegou o convite, eu fiquei em êxtase, fiquei felizão.", disse o ator. 

"Eu fiquei muito feliz também! Eu nunca tinha dublado. Eu já tinha me dublado antes em estúdio, mas nunca para uma personagem diferente. E a minha personagem... A gente recebe a referencia internacional, então a gente ouve o que o dublador em inglês fez no original e a gente tenta reproduzir com aquela forma que enviaram pra gente. E a minha personagem tem a voz muito diferente da minha, não sei nem se dá para reconhecer... Acho que dá. A voz é muito mais aguda, muito mais estridente de uma maneira que eu não falo, então isso foi muito divertido. Eu fiquei muito feliz que eram os dois também! Que nós dois fomos convidados e a gente está no mesmo filme. Eu quero fazer mais, eu me empolguei!", completou Sophia. 

Marcelo já havia feito trabalhos do tipo antes, mas não via a hora de repetir o feito: "Foi incrível, porque eu me identifico com essa história. Eu já tinha feito outro filme, quase fiz o Divertidamente, mas acabou não dando certo. E eu sempre quis fazer um outro filme. E aí quando veio o convite, eu adorei, quando eu vi a promo do filme eu falei: 'Ah eu tenho que fazer esse filme! É muito legal!' Esse pai tem muito a ver comigo, no que eu acredito. E meus filhos vão adorar ir no cinema e ver esse filme, ver a mensagem. Eu recomendo, é um filme pra família. "

Por fim, eles mandaram a real e confessaram o que acham da tecnologia do B*Bot e se teriam o amigo virtual ou não: "Eu acho que facilita muito a vida, se você souber usar. Assim como o celular, assim como esse dispositivo que a gente pede uma música e toca, que a gente pede uma informação e ele dá. Então se a gente usar para o bem, são coisas muito validas que a gente usa no dia a dia. A questão realmente é ficar viciado naquilo. O filme mostra bastante isso. O robô acaba virando amigo da pessoa e isso distancia a pessoa do mundo real, o jovem do mundo real, o que a gente está vendo muito hoje em dia.", comentou Sophia. 

"Eu acho que o B*Bot está ali mais relacionado para uma conexão social mais das crianças e tal. Mas eu acho que eu teria um robô mais funcional, por exemplo, um carro autônomo. Mas a questão da interação social pra mim ainda passa por uma dose do humano que pra mim é importante. A maior função dele é dar essa conexão com as pessoas.", disse Sérgio e a atriz completou em tom de bom humor: "Eu teria... O Sérgio nem tanto."

Marcelo disse que não teria o robozinho, nem daria para os filhos, já que acredita em uma relação pessoal: "Eu acho que... Não sei se eu teria um B*Bot não, eu gosto das coisas reais. Agora os meus filhos, eu não se se daria para eles. Ele já tem as brincadeiras deles em casa, um tem o outro, são irmãos e tem o pai que brinca muito com eles. Eu brinco muito com eles. Todo dia eu brinco com eles, um jogo de tabuleiro, alguma coisa que seja ligado ao lúdico. Mas ao mesmo tempo, é difícil, porque eles querem ficar conectados também... "

Mas confessa que é inevitável não ver essa evolução para o futuro: "Acho que o mundo vai para isso. Imagina que daqui 10 anos, todos os carros vão ser elétricos. Você já viu um cachorro biônico, você vê um cara voando em cima de uma plataforma, em Dubai já tem aqueles policiais robôs. Então o mundo vai para isso, é inevitável. Daqui 100 anos, 50, 200 anos, o que não é muito longe, a gente vai ter um outro mundo, com essa realidade. O ser humano é capaz de atrocidades e também de coisas lindas, de poder trazer essa maquina, essa tecnologia para coisas boas, para ajudar as coisas do mundo.", finalizou ele. 

Confira o trailer de Ron Buagdo, nova animação da 20th Century Studios, distribuida pela Disney: 

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