Atrás das raízes do passado, bela explora tradicional reduto de afro-descententes nos EUA
O Empire State, a Time Square e a Estátua da Liberdade são pontos turísticos que Sheron Menezzes (26) já havia visitado quando esteve em New York em outras oportunidades. Por isso, dessa vez, a atriz quis fazer um roteiro não tão tradicional. E decidida a explorar cada cantinho da cidade, visitou o Harlem - bairro de Manhattan conhecido por ser um grande centro cultural e comercial afro-americano. "São nas opções menos óbvias que descobrimos os lugares mais interessantes. Não sabia o que estava perdendo", exaltou Sheron, que assistiu a uma missa gospel na igreja Pilgrim Cathedral of Harlem. "Foi, definitivamente, uma sensação especial. Me fez sentir mais próxima das minhas raízes", definiu, ao lado do namorado, o cinegrafista ítalo-americano Joseph Carter (31). Juntos há um ano e meio, o casal disse que um dos programas que mais gosta de fazer é viajar. Eles já estiveram em países como Tanzânia e Chile. Agora nos EUA, Joseph tem se saído um excelente guia. "Ele é muito companheiro", elogiou.
- O que você sentiu ao caminhar pelo Harlem?
- Uma energia muito forte. Após sofrer um período de criminalidade grande, o bairro está revitalizado e já se pode perceber a autoestima restaurada nas pessoas que moram ali. Vale a pena a visita. Adorei observar a arquitetura vitoriana das casas, feitas quase todas de tijolos e com longas escadarias na fachada e sentir a musicalidade deles. Além das igrejas gospel, há inúmeras casas de blues e jazz. Ritmos e melodias que podem ser escutados nas ruas e que influenciam o estado de espírito de quem passa por ali.
- Como se define e se comporta ao fazer turismo?
- Sou do tipo que gosta de absorver a cultura do lugar e explorar a vida cotidiana. Dou muito valor às coisas simples da vida, adoro a forma como as pessoas sentam na grama do Central Park, por exemplo, e ficam ali por horas só comendo alguma coisa e colocando o papo em dia. Isso faz eu me sentir muito à vontade aqui, livre de qualquer tipo de preocupação. No Rio, fazemos parecido na praia. A musicalidade da cidade também me inspira. Seja em que bairro for, sempre tem um showzinho acontecendo, não importa a hora.
- E como está sendo viajar na companhia do Joseph?
- Mais uma vez, ótimo. Tenho a teoria de que a gente só conhece realmente uma pessoa quando viaja com ela. A convivência diária com alguém em outro lugar que não seja a sua cidade pode definir os rumos de uma relação. Ou o casal percebe que não dá certo junto ou nota que se dá muito bem. E no nosso caso aconteceu a segunda opção. Realmente somos muito cúmplices um do outro.