Eliane Giardini em Tarrytown

Na ficção e na vida real, ela celebra o poder feminino

Redação Publicado em 13/12/2010, às 13h24 - Atualizado em 16/12/2010, às 12h18

Em sua suíte no Castelo de CARAS, a atriz é toda chamego entre as herdeiras, Mariana e Juliana. - Cadu Pilotto
E m seu trabalho mais recente, a série global Afinal, o Que Querem as Mulheres?, Eliane Giardini (58) brilhou como a professora feminista Noemi, uma mulher de discurso rígido e que exala sensualidade. Na vida real, a atriz nascida em Sorocaba, interior de São Paulo, tem fala mais pausada, riso solto e exuberância velada, mas não deixa de ser um mulherão. "Sem falsa modéstia, eu me vejo como uma mulher forte. Acho que sou assim porque faço parte de uma geração que derrubou uma série de tabus e introduziu novos conceitos na sociedade. É natural que chegássemos à maturidade com uma postura segura", pondera ela. Curiosamente, Eliane se hospedou no Castelo de CARAS, em Tarrytown, a 40 minutos de New York, com um verdadeiro clube da Luluzinha. "Em uma viagem como esta, com três gerações reunidas, é como se você mergulhasse em uma zona de conforto sem fim. Os irmãos, maridos ou namorados que me desculpem, mas homem nenhum entenderia esta ligação", afirma a estrela. Com a mãe, Wandyr (80), a irmã, Elizete (58), e as herdeiras, Juliana (33) e Mariana (30), frutos do casamento com o ex, o ator Paulo Betti (58), Eliane desfrutou de estada inesquecível. "Agradeço todas as noites por esta experiência maravilhosa", comenta ela. - Vocês já haviam viajado juntas anteriormente? - Sim, mas desta vez foi mágico. A vida nem sempre é fácil, mas, de repente, nos sentimos como se estivéssemos em uma bolha, mergulhamos em um outro tempo só nosso. Uma hora eu era a mãe, na outra era a filha. No jantar, ouvindo minha mãe contar histórias dela com o meu pai, fiquei impressionada com a sua força. Momentos como este são únicos. - Em que você se acha mais parecida com a sua mãe? - Ela tem curiosidade pela vida. Uma curiosidade sem limites de olhar o mundo e tentar descobrir o que ele tem de melhor. - E com as suas filhas? - Elas têm muito disso também, uma vontade de romper limites. Quando você bate de frente com um obstáculo e acha que não vai ultrapassá-lo, surge uma força maior que o faz vencer. Tenho admiração pelas minhas filhas, duas mulheres excepcionais. - Está pronta para ser avó? - Claro, mas a Ju casou faz muito pouco tempo, é hora do casal se curtir. Vou ser uma avó babona, sei disso. Tem pessoas que gostam de viver independentes, eu, se pudesse, moraria como a Indira, minha personagem na novela Caminho das Índias, com todo mundo na mesma casa. (risos) - Como é a sua relação com o Paulo? Vocês se dão bem? - Nossa relação é muito baça na, somos amigos mesmo. No começo de 2011 vamos rodar um filme que partiu de uma peça que fizemos juntos, A Fera na Selva, de autoria do Henry James. Tem também um conto da Adriana Falcão que levei ao teatro e adoraria levar para o cinema. Não que eu vá deixar de fazer novela, que é algo que amo, mas tenho vontade também de dirigir. Sou fruto de uma geração que prova ao mundo que existe vida após os 40, 50 anos...
Castelo de CARAS

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