Na Patagônia Argentina, ele realça a amizade com os filhos e revela que voltou a dividir a casa com a ex
Há cerca de um ano, Lanai (16) viveu sua primeira dor de cotovelo. Em crise com o namorado, Matheus (18), encontrou apoio e compreensão justamente no pai, o ator Kadu Moliterno (58). "Ela estava angustiada. Falei que assim era o sofrimento de amor e, como gostava de música, sugeri que botasse isso para fora escrevendo letras. Ela fez duas, You Are The One e For Always. Quando vi prontas, falei: 'Tá vendo que coisa linda?' E a relação com o namorado reviveu", conta, com orgulho, Kadu, convidado da Temporada CARAS/ NEVE. Com a adolescente em Villa La Angostura, na Patagônia Argentina, o ator ressaltou a cumplicidade que tem com os filhos: além de Lanai, Kauai (18) e Kenui (13), da relação com a jornalista Ingrid Saldanha (38). Há quatro anos separado, ele contou ainda que está em processo de reconciliação com a ex. "Nunca deixamos de ser pai e mãe e isso sobrepõe o papel de marido e mulher, reaproxima. A frase 'até que a morte nos separe' é verdadeira quando você tem filhos juntos. Temos um pacto para sempre", assegura Kadu. - Como educa seus filhos? - Minha filosofia é a da amizade. Meu pai nunca brigou comigo e eu sou assim. Prefiro conversar. Ingrid é mais severa. É bom que os dois sejam diferentes em uma família, o pai mais light e a mãe mais dura. - A criação de uma menina é diferente de meninos? - O tratamento é igual, independentemente do sexo. Crio debaixo da asa, quero saber o paradeiro, levo e busco quando saem à noite. É triste quando o pai não tem tempo. Mas há uma diferença. Menina menstrua. A chegada desse momento muda tudo. Elas deixam de ser criança e começam a descobrir coisas. É o momento mais importante, os pais precisam estar perto, sempre atentos. - E como você pode definir a sua relação com Lanai? - Me preocupo o tempo todo em ser o melhor amigo dela para que não tenha que procurar ninguém para desabafar. Qualquer um precisa ter alguém para dividir os problemas e muitos pais não percebem isso. Não vêem que amizade é a base da educação. E a relação entre pai e filho é de amor verdadeiro. Às vezes, discute com o namorado e pergunta que atitude tomar. Diz que sou importante para ela entender o mundo masculino. E depois que fez 15 anos, já pedi conselhos a ela. Passei a compreender melhor as mulheres. Me sinto recompensado por tanta dedicação. - Você tem ciúmes dela? - O primeiro namorado foi esquisito. Mas eu o trouxe para minha casa, levei para surfar, olhava dentro do olho. Quando amamos um filho, o ciúme existe, mas queremos que seja feliz. E é melhor tê-la em casa. O amor e a necessidade de vê-la feliz são maiores. - Como é a parceria musical? - A alegria de tocar e cantar com minha filha não tem preço. Ela faz música pop, em inglês, já fez testes para Malhação, tem a arte no sangue. Mas diz que vai trabalhar lá fora e pode, pois domina a língua inglesa. Temos ensaiado um show com participação do Kenui. - E, hoje, como está a sua relação com sua ex Ingrid? - Voltamos a morar todos juntos e os filhos estão felizes. Fizemos uma reunião de família e vimos que era besteira gastar dinheiro mantendo outra casa, quando passo o dia todo com eles. Estamos mais amigos do que éramos antes. O ser humano evolui no sofrimento. A gente aprende bastante. Estou dormindo no quarto de um dos meus filhos. Mas o fato de estar na casa já é naturalmente um caminho para a nossa reconciliação. Agora, se isso vai ocorrer, só o tempo mostrará. - E como é a rotina de vocês? - Nunca tive uma namorada, por respeito à família. Minha concepção não vai mudar. Há quatro anos nunca fiquei com outra pessoa que não fosse a mãe deles. Ingrid também não me desrespeitou desde que nos separamos. Não apareceu ninguém. Se notasse que estava sozinho nisso, eu não desejaria a nossa reconciliação. - A sua visão não é comum... - Nunca fui de sair pela noite à caça ou fiquei solto. Sempre tive namoros longos. Quando me separei após 15 anos, a sensação de liberdade não mudou meu cotidiano. Gosto de surfar e jogar futebol com meus filhos. Minha vida é trabalho e eles. E tenho Ingrid, que é minha amiga, me respeita. Este ano, quando lancei minha biografia, Reviva com Kadu Moliterno, com a qual ainda viajo pelo Brasil para noites de autógrafos, acharam que ia contar minha versão (o fim do casamento foi marcado por uma agressão física do ator). Jamais falaria uma palavra contra ela. Isso vai ficar guardado comigo. Apontar defeitos de quem escolhi para ser mãe dos meus filhos vai contra tudo o que aprendi na vida.
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