Os desafios e a sensibilidade de Larissa Maciel

Larissa Maciel conta na Patagônia Argentina como equilibra razão e emoção para tomar decisões

Redação Publicado em 21/08/2012, às 15h12 - Atualizado em 27/08/2012, às 11h10

Na Bahía Mansa, durante a temporada CARAS/ Neve, a atriz explica por que decidiu trocar a Globo para estrelar nova série bíblica da Record. - Selmy Yassuda

As decisões mais importantes tomadas por Larissa Maciel (34) muitas vezes são baseadas na razão. “Nunca aconteceu nada que não fosse planejado, desejado ou para que não estivesse preparada. E é sempre assim, vivo em prol das coisas em que creio e quero”, conta a convidada da temporada CARAS/Neve, na Patagônia argentina. E isso valeu tanto para a resolução de se casar com o administrador André Surkamp (33), com quem começou a namorar há 12 anos, como para dar seus primeiros passos na carreira, ainda em Porto Alegre. “Quando conheci André, tinha 22 anos, não imaginava o futuro, mas ele mexeu comigo. Pensava: é o amor da minha vida. Desde aquele momento, sabia que faria de tudo para a relação dar certo”, explica. Os 15 anos de profissão, no entato, começam a fazer a a balança interior da atriz pender também para o outro lado. E em alguns momentos, ela já deixa a emoção falar mais alto. “O trabalho do ator não tem muito espaço para racionalidade, você usa a emoção no estado mais puro. Aí me entrego mesmo”, constata. Um exemplo, após quatro anos na Globo, e sucessos como o papel-título de Maysa (2009) e a Felícia de Passione (2010), Larissa topou novo desafio. A convite da Record, vai protagonizar José – De Escravo a Governador, minissérie bíblica com estreia em janeiro de 2013. Ela será vista em cenas quentes como Sati, esposa infiel do general do exército egípcio Potifar.

– Assim como o personagem, você é uma mulher sexy?

– Ela tem um comportamento muito diferente do meu. Quando entra em um lugar, quer que todos os homens a desejem. Hoje sou casada, guardo toda a minha sensualidade para o André. Não tenho necessidade de ser sexy para todo mundo, isso não faz parte da minha personalidade.

– E está preparada para possíveis cenas de nudez?

– Não sei se vai acontecer. A gente nunca fica tranqüila, sempre há um pouco de receio. Mas, pelo cuidado que estão tomando com toda a minissérie, com certeza tudo será feito com extremo bom gosto, dentro do contexto da personagem, nada agressivo, nem vulgar. Isso me deixa segura.

– E como vem se preparando fisicamente para o papel?

– Intensifiquei a malhação e passei a ter uma dieta com mais proteína. Desde janeiro, venho me cuidando. Cortei laticínios, porque me faziam acumular líquido. Com isso, dei uma secada. Antes, nunca tinha tido problema para perder peso. É que chega uma fase da vida que o metabolismo da gente não é mais o mesmo. Também faço pilates e um circuito aeróbico na academia. Atualmente, estou com 59 quilos em 1,69m de altura.

– Como os egípcios raspavam a cabeça, alguns atores aparecerão carecas. Já pensou que pode precisar mudar seu visual?

– Se tiver que fazer, eu não pensarei duas vezes. Quando o ator se apaixona por um personagem, ele procura contar a história da melhor maneira possível.

– Por que você resolveu trocar de emissora?

– Cada trabalho novo traz dificuldades, descobertas e é sempre instigante. Fui muito feliz na Globo. Mas surgiu esta oportunidade incrível na Record e estou bastante entusiasmada. A história de José é forte, acho que vai impressionar as pessoas, fala de superação, de como a perseverança pode levar alguém adiante. Os dramas humanos de cada personagem são muito ricos.

– Você batalhou muito no Sul antes de ser reconhecida nacionalmente. Pensou em desistir?

– Nunca. Através do conhecimento que eu tinha dentro da profissão, produzia, dava treinamento com técnicas de teatro em empresas, aulas de interpretação. Sempre me virei para ganhar dinheiro, mas nunca saí da área. Meu primeiro trabalho foi como professora de inglês para crianças. Aí colocava para fora o meu lado atriz, contando histórias. Na época aprendi a improvisar, observando elas, com toda a sua espontaneidade.

– E falando em criança, como anda o seu desejo de ser mamãe?

– Cada vez mais a gente pensa em filho. Tem um porta-retrato lá em casa explicando o que é família, em que eu e o André aparecemos. Queremos pôr mais gente na foto. Virá um carioquinha ou uma carioquinha, mas será no momento certo.

 

CARAS Neve

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