Nathália Rodrigues vê o horizonte com otimismo

Na Temporada CARAS/NEVE, a atriz relaxa com o silêncio, mas se define como calorosa e ruidosa

Redação Publicado em 30/08/2010, às 17h20 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h25

Geralmente hiperativa, a atriz contempla serenamente e com um belo sorriso a beleza do lago Nahuel Huapi e das Cordilheiras dos Andes, na Patagônia argentina. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO; PRODUÇÃO: CLAUDIO LOBATO; AGRADECIMENTO: ARMADILLO

A risada alta, o jeito alegre e falante revelam a personalidade de Nathália Rodrigues (29). "Sou assim mesmo. Hiperativa. Tiro sarro de tudo. Até quando estou com problema, acabo rindo. Não tenho o direito de ficar com a cara fechada. A vida é muito boa para mim", garante a atriz, enquanto vivencia dias de aventura e descanso na Temporada CARAS/NEVE, em Villa La Angostura, na Patagônia argentina. "Não sou uma pessoa silenciosa. Em casa, estou sempre ouvindo música ou com a TV ligada. E moro em São Paulo, com todo aquele movimento, barulho. Aqui, no silêncio da neve, pude refletir muito sobre minha vida. Saio renovada", constata. As conclusões não poderiam ser mais positivas. O romance de quatro meses com Tchello (34), baixista da banda Detonautas, vai de vento em popa. "Ele é uma pessoa ótima, engraçada. Se fosse mal-humorado, não daria certo. Eu diria: amor, a vida é leve. Ou você melhora ou tchau", garante, às gargalhadas. Formada em Publicidade e Artes Cênicas, Nathália, começou a modelar com 10 anos e fez a primeira peça aos 15. Longe da TV desde o fim de Chamas da Vida, na Record, em 2008, ela garante saber muito bem o que deseja profissionalmente. "Estou num processo de estudo, de experimentar coisas. Busco um crescimento maior para fazer melhor televisão", conta ela, que está em turnê pelo país com a peça No Recreio, onde faz oito personagens. - Você faz 30 anos em dezembro. A aproximação da data traz alguma mudança? - Prezo mais a qualidade do que a quantidade. Antes, por exemplo, tinha vários amigos, por ser muito comunicativa, gostar de sair, de abraçar, de trocar com as pessoas. Hoje, isso diminuiu. Acho melhor ficar em casa com meu namorado, assistindo a um filme ou conversando sobre coisas interessantes, do que ir para a balada. - Como conheceu Tchello? - Éramos superamigos, há anos. De repente, a amizade virou amor. Moramos longe. Eu, em São Paulo, e ele, no Rio. Namoramos na ponte aérea. Então, quando a gente se encontra, tem que ser o dia (risos). E um apoia o trabalho do outro. Entendo a relação com as fãs, a profissão. Músico é guerreiro, vive na estrada, é um cigano. Acho admirável sobreviver dessa arte. - O que esse encontro trouxe de melhor em sua vida? - Levei muita coisa legal para a vida dele, assim como ele para a minha. É uma troca interessante de arte, palavras, ação. O universo dele é completamente diferente do meu. Tem semanas que ensaio todos os dias e ele viaja sábado e domingo. Estamos aprendendo coisas importantes para a relação, como ceder. - Você sempre está namorando. Não sabe ficar solteira? - Tive poucos namoros, mas de longa duração. Não consigo ficar muito tempo só. E nem tenho vontade. Como sou caseira, gosto sempre de ter alguém para dividir a minha vida. É a coisa mais prazerosa. E também acho que não existe isso de não dar certo ou de fracassar nas relações. Eu vivo muito os ciclos. Não gosto de olhar para trás e dizer: 'ai, fui criticada no meu trabalho, agora sou uma atriz fracassada' ou 'o meu namoro não deu certo e agora não vou mais encontrar ninguém'. Quando você cai na vida, levanta de outra forma e com outra visão. Pessoas cômodas me dão preguiça. - Como você lida com a vaidade? - Não me acho bonita. Sou normal. Talvez possa ter brilho e luz porque sou muito feliz. Acredito que beleza vem mais de dentro. Se pudesse mudar, teria mais alguns centímetros de altura, uma perna maior, uma barriga longa (risos). Brincadeira, está tudo ótimo. Deus me fez assim e eu aceito.

CARAS Neve

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