Claudia Ohana vive momento de transformação

Recém-solteira, a consagrada artista abre temporada CARAS/Neve 2010 na Patagônia Argentina

Redação Publicado em 19/07/2010, às 15h40 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h25

Claudia admira o encontro do Rio Correntoso com o lago Nahuel Huapi. Acima, o Correntoso Lake & River Hotel. - Cadu Pilotto. Produção: Claudio Lobato; Agradecimentos: Francisca

Em busca da maturidade. É assim que Claudia Ohana (47) descreve seu atual momento. Desfrutando dias especiais como uma das convidadas da Temporada CARAS/ NEVE 2010, na Villa La Angostura, ao sul da província de Neuquén, na Região dos Lagos, e situada entre as cidades de San Martin de Los Andes e San Carlos de Bariloche, na Patagônia argentina, a atriz confessa jamais ter se deparado com cenário tão paradisíaco e imponente. "Nunca tinha visto tanta neve junta, é impressionante. A beleza é uma coisa que me preenche, me traz tranquilidade", afirma ela, enquanto observa as montanhas da Cordilheira dos Andes, todas cobertas de gelo. Hospedada em uma das 49 suítes do Correntoso Lake & River Hotel, membro do prestigiado grupo Small Luxury Hotels of the World, construído inicialmente em 1917, à beira da nascente do Rio Correntoso, que se une ao lago Nahuel Huapi, Claudia não poupa elogios à receptividade dos moradores da cidade de 15 mil habitantes, que conquistou também a família real da Holanda, que mantém propriedade na região. "Fomos muito bem recebidos, o pessoal daqui é ótimo. É um lugar especial e ainda tivemos sorte de chegar e ver a neve caindo... Foi perfeito", afirma a mãe da atriz Dandara Guerra (26), com o cineasta Ruy Guerra (77), que lhe deu o netinho Martin (3). Solteira há cerca de um mês, desde o fim do namoro de 1 ano e meio com o diretor de TV José Lavigne (53), e longe das telas desde que interpretou a Cida, em A Favorita (2008-2009), Claudia fala da fase em que vive, com a separação e a entressafra de trabalho. "Estou em um momento de transformação, de amadurecimento. De dizer não para aquilo que não quero e correr atrás do que quero, é a hora da maturidade mesmo, de acertar alguns parafusos", fala ela. - Como você está com o fim do namoro com José Lavigne? - Estou bem. Tenho um carinho muito grande por ele. Acho muito difícil você perder uma pessoa de forma radical. Admiro o Zé e espero que a gente nunca perca o contato e que tenhamos relacionamento para sempre. - Já pensa em um novo amor? - Neste momento, não. Mas acho lindo quando uma pessoa consegue ter uma relação longa, todo mundo sonha ser feliz para sempre. Devo ser meio imatura. - Imatura? - Sim. Por não conseguir isso. Há pessoas de quem gosto muito, com as quais me relacionei e que continuam amigas, mas eu não soube 'construir' esta relação. Talvez seja imaturidade, inquietação. Não sei, a gente é o que é. - O que um homem precisa ter para conquistá-la? - Verdade. Não existe buscar um tipo, alto, moreno... Existe buscar uma pessoa que lhe preencha. Gosto de gente alegre, que bote você para frente. Hoje, o homem e a mulher disputam muito, esses papeis estão muito complicados e isso dificulta. Por outro lado, há a facilidade do não querer mais, não há mais aquela obrigação de 'ter de ser essa pessoa pra sempre.' - Você se acha bonita? - Tem dias que sim, em que me amo muito e me acho linda, mas tem dias que me acho horrível. Eu me cuido. Durmo bem, cerca de 9 horas por dia, como de três em três horas de forma saudável, malho, cuido da pele...Tenho muito medo de faca, de plásticas, de grandes alterações. Então, preciso saber envelhecer, me cuidar muito naturalmente. Isso dá mais trabalho. - Tem medo de envelhecer? - Tenho mais medo de morrer que de envelhecer, de ter doenças que pés de galinha. Nascemos e envelhecemos, não tem jeito. É a vida. Tive uma crise de idade, fiquei irritadíssima por festejar os 30 anos. E é tão engraçado, porque hoje em dia as mulheres dessa idade estão começando e, talvez, vivendo o seu momento mais lindo. Me sinto vitoriosa por envelhecer bem. Amo a ideia de ser velhinha, escrevendo na casa de campo. - Faria um balanço da vida? - Minha vida tem altos e baixos, momentos gloriosos e duros. Me arrependi de coisas que fiz, sem dúvida, mas nada que me destrua. O que não me mata, fortalece, e quando fazemos besteiras, aprendemos. Sou aquariana, sou 'medida', caseira, gosto de ficar só. Penso antes de agir, não sou impulsiva. Isso já freia qualquer grande besteira que a gente possa fazer. E mesmo assim a gente faz. Mas não há nada do que me envergonhe. - Você se sente realizada? - Em muitas coisas. Tenho uma família linda, tenho uma bela carreira, tenho amigos... Tento ser a melhor possível, construí coisas, vivi amores... Mas quero mais, sempre mais.

CARAS Neve

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