Apaixonada, Ana Beatriz Barros declara: "Vivo minha melhor fase"

Em Villa la Angostura, a vitoriosa modelo Ana Beatriz Barros revela como encontrou seu amor

Redação Publicado em 31/07/2012, às 11h09 - Atualizado em 01/08/2012, às 15h07

Fã de cavalos, a top passeia à beira do lago Nahuel Huapi durante a temporada CARAS/Neve, na Patagônia argentina... - Martin Gurfein

Há quase 14 anos, Ana Beatriz Barros (30) começou a escrever uma história de sucesso e reconhecimento nas passarelas de todo o mundo. Orgulhosa de sua trajetória, a top festeja o início de mais um capítulo de sua vida, cujo enredo, além da maturidade profissional, vem acrescido da conquista de um novo amor. “Vivo minha melhor fase. Estou mais apaixonada do que nunca e sei que encontrei o homem da minha vida, nunca havia experimentado um sentimento tão forte, com tanta conexão”, explica ela, referindo-se ao namorado, o empresário egípcio Karim El Chiaty (28), com quem está há oito meses. “Jamais trocaria meus 30 anos pelos 20 porque o tempo me trouxe a certeza de que amo meu trabalho e que faço a coisa certa”, emenda Ana, convidada na 13ª temporada CARAS/Neve, na Patagônia argentina. E o tempo parece ser mesmo o aliado da top, que atribui as realizações do presente às dificuldades enfrentadas no passado. “Entrei no mundo da moda com apenas 14 anos de idade e logo fui morar em Nova York. No começo, meu pai era contra, mas minha mãe me apoiava. Era tudo meio confuso, me assustei e, por várias vezes, pensei em desistir da carreira”, relembra a mineira, hoje segura de seus passos. “Comecei a trabalhar bastante e a perceber que era uma profissão boa, que me daria oportunidade de conhecer vários países, além de ter contato com culturas diferentes. Agora, sei que tenho uma carreira sólida e me sinto orgulhosa de ter superado as adversidades” , atesta ela, radicada em NY.

– Quais dificuldades você enfrentou no início da carreira?

– Meu pai foi supercontra e ficou arrasado. Sou de família mineira, bem tradicional, então ele achava que eu deveria ser advogada, médica, fazer algo mais estável. Naquela época, o mercado da moda não era muito desenvolvido no Brasil e as pessoas não tinham noção de que era um trabalho sério, uma profissão. Já minha mãe havia pesquisado muito sobre a carreira e me apoiou. Eles me deram três anos para eu me acertar na profissão e, se nesse período não desse certo, eu voltaria a estudar e seguiria outros caminhos. Tinha ainda a barreira do inglês, que eu não dominava totalmente.

– E hoje, como seu pai encara sua escolha profissional?

– Ele é supertranquilo e orgulhoso da filha! Viu que batalhei para chegar aonde estou e me apoia sempre. Já minha mãe, considero meu anjo da guarda, se não fosse ela, não estaria aqui. Ela sempre me acompanhava nos testes e eu era a única modelo com a mãe por perto. As meninas me olhavam  como se eu fosse um E.T. (risos), as gringas não têm essa relação de família que nós, brasileiros, temos. Elas não são mesmo tão apegadas. 

– Você é ligada à família. Construir a sua está nos planos?

– Quero casar com Karim, o homem da minha vida, minha alma gêmea. Também quero filhos. Mas, para engravidar, preciso antes deixar as passarelas, afinal, pela educação que tive, não conseguiria ficar viajando pelo mundo a trabalho e deixar as crianças sozinhas. 

– Mas pensa em se aposentar?

– Por ora, não. Mas minha ideia é abrir um negócio próprio, talvez uma marca de roupas, algo ligado à moda, é um mercado que entendo e domino.

– A carreira de modelo hoje não é mais tão curta como antes. O que mudou?

– Antes não tínhamos os efeitos de computador, retoques e as modelos com mais idade eram tachadas de velhas. Hoje, por exemplo, como uma menina de 14 anos vai fazer campanha de um creme para a mulher de 40? As pessoas querem ver uma imagem que condiz com o que é oferecido, querem alguém da idade delas.

– Quando deixar as passarelas planeja voltar a morar no Brasil?

– Amo o meu País e quero voltar, sim. Quando estou fora, sinto falta da comida e do calor das pessoas. Karim também adora o Brasil, é apaixonado por pão de queijo e até já está falando um pouco de Português. O único problema, a base dele é Londres. Mas ainda vou convencê-lo a se mudar!

– Como vocês se conheceram?

– Em um bar, através de um amigo em comum. Na primeira vez em que nos vimos, não dei muita atenção. Naquela mesma semana, o destino fez com que nos encontrássemos três vezes, em lugares e dias diferentes. Era muita coincidência! Então, ele pediu meu telefone e tudo começou. Sou uma mulher de muita sorte por tê-lo ao meu lado.

– No começo tiveram problemas com a diferença cultural?

– Tive um pouco de medo, sim, no início, afinal, ele vem de uma cultura árabe. Porém, ele é meio muçulmano, meio cristão, então, é um árabe moderno. Ficava pensando: será que vão colocar uma burca em mim? Mas Karim é uma pessoa contemporânea, respeita o direito das mulheres, apoia o meu trabalho e não é ciumento. E, para completar, a mãe dele é grega.

– O que mais admira nele?

– É generoso, inteligente e educado. É o tipo de homem que levanta da mesa quando você sai e abre a porta do carro: um gentleman, uma raridade.

– E você é romântica?

– Eu nunca fui, mas com ele mudei, sou bastante. Por aí dá para ver como ele mexe comigo.

– Você disse que, quando iniciou  a carreira, a moda no Brasil era restrita. Como vê hoje?

– Acho que Gisele Bündchen foi fundamental para o crescimento que tivemos. Antes dela, as brasileiras tinham uma péssima fama: engordavam, voltavam para o País por conta de namoros e não chegavam no horário. Nossa imagem mudou graças a Gisele, ela deu à carreira o toque de profissionalismo. Tanto é que, depois dela, tivemos um aumento das tops brasileiras reconhecidas por todo o mundo.

– E quanto à sua trajetória, mudaria alguma coisa?

– Se eu pudesse voltar no tempo, teria começado a carreira com 18 anos. Não aconselho nenhuma menina a entrar no mercado muito jovem. Há coisas que soam estranhas para alguém tão jovem, como uma sessão de fotos mais sexy. Você ainda é uma adolescente, não tem nem peito. Acho que é necessário amadurecer primeiro e se tornar mulher para mergulhar nesse mundo. É um mundo cruel, afinal, ninguém está ali julgando sua personalidade ou sua inteligência, é a imagem que vale. Entretanto, a partir do momento que você compreende essa questão, de que tudo é imagem, as coisas se tornam mais fáceis.

CARAS Neve Ana Beatriz Barros Ana Beatriz Barros [20574]

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