por Valença Sotero
Há mais de dois anos ela deixou o Rio de Janeiro, no período de férias escolar do filho,
André (10) - fruto de seu casamento com o diretor
Jayme Monjardim (52) -, para passar três meses em Los Angeles estudando inglês. Porém, ao chegar na cidade e conhecer a Universidade da Califórnia, se matriculou no curso de Cinema, cuidou da transferência de escola do garoto e tratou de buscar a mudança.
"Sonhava em ter fluência no idioma e tenho fascínio por conhecer novas culturas. Quando vi a oportunidade de também oferecer isso para o André, não tive dúvidas", lembra
Daniela Escobar (39), que está solteira e satisfeita com o rumo que a sua vida tomou.
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Consegui aliar qualidade de vida com um excelente aprendizado profissional para mim e uma experiência de vida enriquecedora para ele, que hoje fala, escreve, brinca e sonha em inglês. Dedé fez novos amigos e viveu a realidade de não ser tratado como filho de artistas famosos, com privilégios entre os amigos da rua e do colégio. Com isso, também ficamos mais juntos, pois trabalhei muito durante os seus sete primeiros anos de vida. Eu devia isso para ele", comemora a atriz, que, com os ensinamentos da nova faculdade e um sócio americano, montou a produtora Element Three, com sede em São Paulo. "
A proposta é fazer um intercâmbio de profissionais entre os dois países, viabilizando produções cinematográficas", explica, já anunciando a sua estréia como produtora com o longa-metragem
Atrás dos Olhos, que começa a ser rodado ainda neste ano, com cenas no Brasil e nos Estados Unidos.
Convidados de CARAS em Bariloche, Daniela e André contam que também foi nessa temporada em Los Angeles, morando a pouco mais de uma hora da montanha, que descobriram a paixão pelos esquis. "
André encontrou o esporte da sua vida. Como teve problemas de equilíbrio na infância, com hipotonia muscular nas pernas, ele nunca gostou de skate e caía muito durante as partidas de futebol. Já, no esqui, encontrou o equilíbrio e tem pleno domínio das manobras. E eu, que achei que jamais fosse aprender a esquiar com esta idade, só precisei de algumas horinhas de aula para me sentir segura", conta, lamentando a falta de neve durante a maior parte do ano. "
Já até pensamos em mudar para o Canadá, onde o inverno dura nove meses", brinca ela, à vontade no alto do Cerro Catedral.
Gaúcha de São Borja, na fronteira com a Argentina, ela lembra que, com menos de 10 anos, atravessava de barca por 15 minutos para Santo Tomé, no país vizinho. "
Minha mãe conta que vínhamos comprar doce de leite, mas não recordo nada dessa época", confessa. Já Bariloche ela achou um tanto familiar: "
As lojinhas de chocolate e casacos de couro lembram o Rio Grande do Sul".
FOTOS: Martin Gurfein