CLAUDIA LIRA APRESENTA BARILOCHE A VALENTINA

por Valença Sotero Juntos há sete anos, Claudia Lira (43) e Leonardo Franco (43) planejaram uma vida em comum, construíram um centro cultural, o Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro, tiveram uma filha, a simpática Valentina (1 ano e 8 meses), ganharam um prêmio Shell categoria Especial pela abertura do inovador espaço e estão de casa nova, na Barra da Tijuca, próxima de uma pracinha na qual a pequena herdeira brinca à vontade com as amiguinhas. "Estamos em festa, comemorando todas as conquistas, depois de alguns anos de muito trabalho, investimento e dedicação. Conseguimos tudo o que a gente sempre quis e esse lugar é perfeito para brindarmos a esse momento", comemora a atriz, já escalada para a próxima novela global de Glória Perez (59), Caminho das Índias. "Quando resolvi engravidar, vivi um impasse ao receber convite para uma novela dela, que sempre tive muita vontade de fazer. E, agora, já com a Valentina, terei essa oportunidade", conta ela, que, a partir do próximo dia 9, também estrelará, no palco de seu próprio teatro, o musical Gosto que me Enrosco, ao lado do pianista João Carlos Assis Brasil (62), interpretando divas dos anos 1930 a 50. "Essa viagem, que é a primeira internacional da Valentina, é o coroamento da nossa vida a dois, de nossa parceria emocional. É o início de uma nova fase", anuncia Leonardo, que dirige a mulher no espetáculo. "Somos dois sobreviventes. Nós nos achamos, seguramos um na mão do outro e falamos 'vamos em frente'. Sempre nos ajudamos", completa Claudia. Convidados da temporada CARAS/NEVE em Bariloche, eles se encantam com o cenário que lembra o inverno europeu. "Neve é pura poesia e romance. Dá vontade de namorar. Quem ainda não casou, tem vontade de casar. Quem não tem filho, tem vontade de ter. E quem tem tudo isso tem vontade de curtir a vida", conta Claudia, que nas férias de fim de ano sempre opta por viagens para lugares de inverno rigoroso, como Nova York. "Gosto de passar o Natal no frio", revela, amante assumida de doces em geral e chocolates em especial. "Já fui até o centro da cidade e me deliciei com tanta variedade de sabores. Fiz muitas compras e até abusei um pouco da quantidade. Não consigo levar para casa. Sou do tipo que come tudo no caminho", entrega ela, já em perfeita forma depois de perder os 22 quilos adquiridos na gravidez. "Desde criança sonhava em conhecer Bariloche. Uma vez cheguei a marcar a viagem, mas acabou não dando certo. E ficou aquele gostinho de passeio por fazer", conta Leonardo, surpreso com a beleza dos caminhos cobertos de neve que cortam florestas de árvores branquinhas de gelo. "Esse lugar é abençoado e, sem dúvida, o mais lindo em que já estive em toda a minha vida. Me sinto em um filme, em um conto de fadas", comparava, ainda aproveitando a ocasião para declarar seu amor e admiração à amada: "Além de Claudia ser uma mulher linda, que me fez ter vontade de ser um homem casado e de ter uma filha, ela é uma mãe esplendorosa e uma companheira incansável, que me transformou em uma pessoa melhor". A moça, que na infância morou em Buenos Aires, também se surpreendeu com a beleza da Alta Patagônia. "Parece que estou voltando no tempo, para um lugar que eu não me lembro exatamente onde é, mas que traz boas lembranças", dizia, não menos encantada e aproveitando a harmonia do cenário para fazer reflexões. "A maternidade me fez mudar. Agora sou uma pessoa menos ansiosa. Antes fazia muitos planos, colocava expectativa demais nas coisas, emendava um projeto profissional no outro. Com a Valentina, aprendi a viver uma coisa de cada vez. A dificuldade de engravidar me ensinou que a vida é 'agora'. Assim, vivo cada dia melhor. Apesar de ter a tendência de ficar preocupada com o dia seguinte, aprendi que não adianta planejar muito. Temos que deixar as coisas acontecerem e, no final, com fé, tudo dá certo", pondera. No aconchego do Arelauquen Lodge, o casal curtiu as descobertas da primogênita, que estava muita à vontade com as novidades da viagem. "Ela é bem humorada, curiosa e adora acordar cedo. Explico tudo para ela e tenho certeza que ela entende bem toda movimentação ao seu redor. Valentina é uma grande companheira, já com uma trajetória bastante intensa", define Claudia, que voltou ao trabalho quando a pequena tinha apenas dois meses. "Desde então ela me acompanha, nunca a deixei em casa. Enquanto ensaiava, ela dormia no carrinho, na coxia do teatro. Acho que o melhor lugar para uma criança estar é perto da mãe. Valentina nos acompanha em viagens e, agora, quando chega na escolinha, se despede com um beijo e não fica olhando para trás. Quero que ela seja descolada, que não perca tempo da vida com coisas pequenas, como medo, insegurança ou manha", planeja a mãe coruja, que, por outro lado, não alivia o castigo em caso de birra. "Às vezes nos perguntamos se isso é o certo, pois acho que, de verdade, ninguém está preparado para ser pai ou mãe. Vamos aprendendo a cada dia. Mas, no que já podemos perceber, estamos indo muito bem com a Valentina e isso me dá tranqüilidade. Fico bobo de ver como essa pessoa tão pequenininha de tamanho se transforma a cada dia. É um presente de Deus criarmos juntos essa preciosidade", derrete-se o pai. Já quanto aos planos de um irmãozinho para ela, o casal não é unânime. "Eu penso em adotar. Lutei tanto para engravidar e, graças a Deus, consegui. Agora, por que não adotar? O amor é igual, mas vai depender do Leo, que por enquanto só quer saber de curtir a Valentina", conta Cláudia.