Céline Dion foi diagnosticada com síndrome da pessoa rígida e precisou cancelar sua turnê por conta da doença rara
Céline Dion (54) precisou cancelar sua nova turnê por conta da síndrome da pessoa rígida, condição rara que afetou seus movimentos. Apesar das intensas sessões de fisioterapia, a cantora teve que se afastar dos palcos e comunicou a decisão aos seguidores em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira, 8.
"Olá a todos, sinto muito por ter demorado tanto para entrar em contato com vocês. Sinto muito a falta de todos vocês e mal posso esperar para estar no palco falando com vocês pessoalmente. Como vocês sabem, sempre fui um livro aberto e não estava pronta para dizer nada antes, mas estou pronta agora. Venho lidando com problemas de saúde há muito tempo e tem sido muito difícil para mim enfrentar meus desafios e falar sobre tudo o que tenho passado. Recentemente, fui diagnosticada com um distúrbio neurológico muito raro chamado síndrome da pessoa rígida, que afeta uma pessoa em 1 milhão", disse ela.
No ano passado, Céline já havia cancelado uma turnê em decorrência de dores e paralisações. À época, a produção da cantora canadense explicou que ela estava sofrendo com "espasmos musculares graves e persistentes".
A síndrome da pessoa rígida afeta o sistema nervoso central, mas possui também manifestações neuromusculares. A condição, que se manifesta progressivamente, afeta principalmente o tronco e o abdômen, com rigidez e espasmos nestas regiões, afetando também, em menor grau, membros inferiores e superiores.
Além de medicamentos para aliviar as dores, a síndrome também exige fisioterapia e cuidados médicos como o repouso. De acordo com a reumatologista Lúcia Buffulin, a condição, geralmente autoimune, é de difícil diagnóstico.
"É uma patologia de dificílimo diagnóstico e acompanhamento e que se tem muita pouca experiência sobre o assunto, mas que causa uma situação bastante dolorosa, com muitas cãimbras e uma sensação de fadiga enorme, que exige um acompanhamento metabólico", explicou a médica.
Segundo a especialista, por meio da eletroneurobiografia, é possível identificar os espasmos e a rigidez da lesão dos grupos musculares para então realizar o tratamento. "É indicada fisioterapia adequada pra manter o tônus e evitar o enrijecimento máximo", ressaltou a profissional. Ela explicou que além da fisioterapia convencional, são indicados procedimentos com laser e ondas de choque.
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