Plena, Patricia Abravanel celebra a maternidade

Ela é filha de Silvio Santos (83), o maior comunicador do País! Há três anos, estreou na na telinha da emissora da família, criando a expectativa que seria a sucessora do grande ídolo popular, inspiração para todos os animadores do Brasil. De sorriso fácil —
que a deixa ainda mais parecida com o pai famoso —, e jeito solto, Patricia Abravanel (36), como a maioria das crianças da década de 1970, cresceu assistindo ao Bozo e Mara Maravilha e vibrava quando conseguia ir para o auditório do Domingo no Parque, programas que marcaram época no SBT. A apresentadora carrega com leveza o peso do sobrenome e não demorou para se consolidar na acirrada briga pela audiência da TV aberta. À frente do bem-sucedido Máquina da Fama, ela se ausentará do ar nos próximos meses para uma missão para lá de especial: dar à luz Pedro, seu primeiro herdeiro com o deputado federal Fábio Faria (36), com quem já divide o mesmo teto e planeja casamento para maio. “Não aguento mais de ansiedade para pegá-lo no colo. Sei que a personalidade demora um pouco para aparecer, mas estou muito curiosa”, desabafa, planejando parto natural para a segunda semana de setembro e animada com os preparativos. “A gravidez aflorou a vontade de transformar a minha casa em lar. Quero terminar a reforma que nunca concluí e caprichar no quartinho dele”, conta a mamãe de primeira viagem, que, de desejos, só sentiu vontade de comer feijão, engordou 14 quilos — somados aos 48 habituais — e comandou sua atração até semana passada. Esplendorosa, não cansa de alardear que está muito feliz e, desde já, confessa que sentirá saudade da barriga.

Como foi a decisão de engravidar?
Com cinco meses de namoro, no auge da paixão, começamos, como todos os namorados, a sonhar como seriam os nossos filhos. Durante uma viagem de um mês de férias para Aspen, resolvemos ‘liberar’ para ver o que acontecia. E acabei engravidando rápido. Antes de voltar para o Brasil, Fábio desconfiou, ainda antes de mim, e fiz o teste. Não esperávamos que seria tão rápido. Senti um misto de alegria, ansiedade e insegurança. Um monte de emoções juntas. Fiquei introspectiva. De lá, ligamos para dar a notícia.

Como as famílias receberam?
Todos ficaram muito felizes, uma festa. Fábio já estava muito próximo da minha família. Todo mundo lá em casa o adora. Eu, que não tinha tanto contato com o pessoal dele, fiz questão de me aproximar. Viajava para Natal quase todo final de semana, para
estar com os pais e as irmãs dele. E nossas famílias se deram bem.

Como foi a escolha do nome Pedro? 
Sempre foi o nome com o qual nos referimos ao nosso filho, desde a primeira vez em que tocamos no assunto, muito antes de ele existir. Depois de saber o sexo, um dia, nas minhas orações, pedi a Deus que me desse um sinal. Ainda não o conhecia, mas Ele,
sim. No dia seguinte, meu pai perguntou ao auditório qual seria o nome do meu filho. A primeira pessoa a responder disse: Pedro. Tive a certeza. 

Que valores faz questão de passar para ele?
Para mim, família é uma referência muito forte, a base. Se está tudo errado, mas a família te apoia, tudo fica leve. Minhas irmãs são muito importantes na minha vida. Sei o quanto ter um pai e uma mãe que se dão bem e são bem casados faz a diferença e nos
faz querer estar com eles e ser igual a eles. Eu e Fábio somos parecidos nisso. Adoramos ficar reunidos em volta da mesa, batendo papo. Como eu, Fábio não é da noite. Se fosse, acho que, com o tempo, ‘pesaria’ na relação. Ele prefere ficar comigo em casa a ir ao bar com amigos. Achamos a badalação um bom lugar para ‘visitar’, mas não faz parte do nosso estilo de vida.

Como Fábio a pediu em casamento?
Ele me surpreendeu. Foi em casa, pediu a minha mão ao meu pai e filmou. Quando estávamos em Natal, durante o chá de bebê, no dia em que completávamos um ano de namoro, ele me fez o pedido, exibindo o vídeo com a aprovação do meu pai e na frente da família dele. Realmente, não desconfiei de nada. E como ele disse que noivado sem data de casamento não vale, já marcamos para o dia 2 de maio. Queria próximo de um feriado, para sempre poder viajar na data.

Como será o casamento?
Ainda não sei nada, mas quero algo intimista, para, no máximo, 120 pessoas: as nossas famílias e amigos mais próximos. Com vestido de noiva e o Pedro no colo.

Quando engravidou, estava no ar com um programa novo. Como administrou a vaidade e lidou com as mudanças físicas?
No início, quando parece que você só engordou, achei chatinho. Mas quando a barriga apareceu, comecei a curtir. Depois, quando ele começou a mexer e descobrimos o sexo, ficou tudo tão real que não ligava mais para nada. Só sentia felicidade. Ainda estávamos no início do relacionamento, quando se quer estar bonita para curtir a paixão — quando fizemos um ano de namoro, estava com sete meses —, mas Fábio foi tão parceiro, ficou tão ‘grávido’ comigo, adora tanto a barriga e acha que eu estou linda, que, em nenhum momento, me senti feia ou insegura.

Seu programa, o Máquina da Fama, é um sucesso.
Só gravei três programas antes de ficar grávida. E fiquei bem mais cautelosa, com cuidados para não me machucar. A disposição muda. Acho que não rendi tanto quanto gostaria. Foi vice-líder consolidado, mas posso melhorar, estar mais solta para brincar e interagir com a plateia. Minha intenção é estar no SBT para dar resultados, tanto no comercial quanto na audiência. Não vou estar na emissora só por ser a filha do dono. A empresa é muito maior que eu. Graças a Deus, encontrei meu caminho e o público me aceitou.

Sente-se realizada profissionalmente?
Amo fazer televisão, mas quero fazer mais do que faço hoje. Quero usar a TV para empreender e não apenas para atuar como apresentadora. Como bons exemplos, tenho o Ratinho e o meu pai. Amo entreter, mas também quero estar girando a economia e
fazendo negócios. Ainda não sei como, mas é o que eu espero.

Como foi se tornar uma pessoa pública?
Por ser filha do Silvio Santos, nunca fui tão anônima. Onde a gente chega, sempre tem um olhar diferente. Crescemos com isso. Sabíamos que não podíamos fazer coisas que certos adolescentes faziam despreocupadamente. Não podíamos ser inconsequentes, tínhamos a responsabilidade de um nome a zelar e a família a preservar. Ao estrear na TV, herdei o carinho do público pelo meu pai. E, assim como ele, adoro esse contato. Amo interagir com o auditório. Tenho apenas três anos de TV. As pessoas me conhecem porque sou filha dele.

Silvio patrão dá boas dicas?
Sim! Todas as atrações que fiz são fórmulas dele, o Patricia tá na Rua, o Jogo dos Pontinhos e, agora, o Máquina da Fama. Três sucessos de audiência. No SBT, ainda não mando nada. Só obedeço.

O Silvio comunicador é a sua grande inspiração?
É impossível chegar lá. Mas ele é a grande inspiração, claro. Sou muito fã. Adoro o jeito dele. Ele se comunica com o povo e se diverte. É animador, comunicador e apresentador, tudo em um, a grande inspiração para todos os apresentadores, com certeza.

Concorda que será a sucessora dele na TV?
Ele brinca que vai se aposentar. Mas não acho que sou a pessoa que vai substituí-lo em um programa carro-chefe, como o Programa Silvio Santos. Tem gente muito mais experiente e com mais tempo de televisão. Mas, quando ele viaja, fico honrada em substituí-lo no Roda a Roda e no Tele Sena.

E como é o Silvio avô?
Ele já tem cinco netos adultos, das minhas irmãs mais velhas. Esses ele não conseguiu curtir tanto, era outra época da vida. Agora, ele está aquele avozão clássico. Quarta é o dia dos netos na casa dele. Minha irmã Daniela deixa os filhos, Gabriel e Manuela, lá. Ele brinca o dia inteiro com as crianças, mima demais, libera o chocolate que a mãe não deixa... Estraga a disciplina. E não vejo a hora do Pedro também estar nessa farra.

* Colaborou Otavio Mesquita

Produção: Carlos henrique Duarte (CHD produções) / Beleza: Thays Madeira e Ale Salvat / Styling: Douglas Balsanelli