Luciano Szafir relata momentos de luta e tensão quando foi internado com complicações da Covid-19 no último ano: 'Foi desesperador'
O ator e modelo Luciano Szafir (53) relembrou a batalha que enfrentou no último ano desde que foi diagnosticado com Covid-19 pela primeira vez. Ele chegou a ser internado em algumas ocasiões com complicações em decorrência da doença e está se recuperando bem. Em conversa com o Jornal O Globo, o artista relembrou os momentos de tensão que enfrentou durante as internações.
"É horrível você não conseguir respirar, não conseguir comer, ficar se alimentando por meio de uma sonda. Fiquei sem comer e beber nada por mais de 20 dias. Meu corpo respondeu bem, mas eu não conseguia tomar banho sozinho. Saía cansado, como se eu estivesse corrido meia maratona. Foi um horror", disse ele, e completou: "Se contar todo o meu período em hospitais, eu passei 70 dias dentro deles. Eu não pretendo passar por um bom tempo nem para visitar alguém".
Szafir ainda contou sobre um momento ruim que passou durante a internação para retirar a bolsa de colostomia. "Depois da cirurgia, eu já estava no quarto, começando a me alimentar, prestes a receber alta, uma das alças do meu intestino inflamou e a comida que eu coloquei para dentro ficou entupida. Passei muito mal, precisei vomitar, mas não foi o suficiente, colocaram uma sonda em mim. Um cabo, de cerca de 60 centímetros. Os médicos introduziram pela minha narina até a região da garganta. De lá, eu precisei fazer movimentos peristálticos para engolir o tubo, que tem a grossura de um canudo de milkshake, até chegar no estômago. Fiquei uma semana com essa sonda, sem me alimentar direito, sem dormir, foi desesperador. E isso precisava ser feito para desinflamar as alças e fazer com que o órgão voltasse a funcionar normalmente. Foi doloroso, duro e muito difícil", declarou.
O artista revelou que teve medo de morrer em dois momentos que precisou enfrentar no hospital. "O mais forte ocorreu durante a primeira internação. Já depois de operado, eu estava no CTI, eram duas da manhã, tomei meu remédio, dei boa noite para todo mundo e dormi. Quando abri o olho, havia uns quatro médicos em volta de mim. Acordei sentindo uma dor no peito absurda. No quadro, onde fica os batimentos cardíacos, estava marcando 180. O normal acelerado era 70. Os meus batimentos cardíacos chegaram nos 202, antes de pararem. Eu ouvi aquele som contínuo da máquina, o mesmo que escutamos nos filmes quando o personagem morre. Eu só pensava que a qualquer momento as luzes se apagariam. Eu estava totalmente consciente, quase quebrei a mão da doutora de tanto que eu a apertava. Foram os dez piores segundos da minha vida. E do nada a máquina começou a contar os batimentos novamente, até parar no 80. O meu coração foi desligado. É uma sensação de pular do precipício sem paraquedas. Quando fui tirar a bolsa de colostomia, durante a cirurgia, também quase fui embora porque a minha pressão chegou a 5 por 2. Eu tive que tomar uma injeção de noradrenalina", comentou.
Por fim, Luciano Szafir destacou o apoio da família durante todo o período e que seu foco é a família. "Eu amo a família intensamente, isso me dá forças para passar por qualquer obstáculo por pior que ele seja. Hoje eu sei o quanto a vida é valiosa", declarou.
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