Um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, Gloria Maria morreu nesta quinta-feira, 2
Gloria Maria foi marcante na televisão brasileira e também nos bastidores. Conhecida por suas viagens ao redor do mundo e entrevistas com celebridades de diversos seguimentos, ela, que morreu nesta quinta-feira, 2, foi responsável por unir a apresentadora Luciana Gimenez e o cantor britânico Mick jagger.
A apresentadora contou a história em entrevista ao Programa do Porchat, exibido na Record TV, no ano de 2016. Na época, Gimenez relembrou a ajuda de Gloria no dia em que conheceu o vocalista dos Rolling Stones e pai de seu filho mais velho, Lucas Jagger, de 23 anos.
O encontro aconteceu em 1998, durante uma festa para socialites e celebridades, feita em uma mansão no Rio de Janeiro. "Quem me apresentou o Mick nessa festa foi a Gloria Maria. Ela conta que eu não queria nada, que estava fugindo dele. Ela que foi [cupido]. Falava: 'pelo menos dá uma atenção'."
Os dois tiveram um relacionamento escondido, já que, na época, Jagger era casado. Tudo veio à tona quando o cantor teve de assumir a paternidade de Lucas, nascido em 1999. A modelo foi à Justiça pedir uma pensão, que inicialmente foi de US$ 10 mil mensais, depois elevada a US$ 17,5 mil (cerca de R$ 52 mil), até que Lucas fizesse 18 anos. Atualmente, Luciana afirma que os dois mantém uma boa relação.
Gloria Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Era filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou por onde passou. No ano de 2019, ela foi diagnosticada com um câncer no pulmão, que foi tratado com imunoterapia com sucesso. Ela sofreu metástase no cérebro, que também foi tratada com sucesso através de uma cirurgia.
Em janeiro, a apresentadora foi afastada das gravações do programa Globo Repórter, apresentado por ela ao lado da jornalista Sandra Annenberg. Na época, a emissora revelou que ela se dedicaria à recuperação de sua saúde. “Gloria Maria está afastada do Globo Repórter dando prosseguimento a uma nova etapa de seu tratamento, prevista já há alguns meses. Ela está bem, em casa, com previsão de retorno apenas no ano que vem”, informou a emissora.
"Em meados do ano passado, Gloria Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Gloria morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio", diz o comunicado, enviado pela Globo.
A jornalista foi a primeira repórter a entrar ao vivo e a cores no Jornal Nacional, da TV Globo, um dos telejornais considerados mais importantes no Brasil. Tudo aconteceu no ano de 1977, quando ela mostrou o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro durante um final de semana. Em entrevista ao projeto Memória Globo, ela relembrou que precisou improvisar minutos antes de entrar no ar.
Ela afirmou que uma das lâmpadas queimou, e então, precisou usar a luz do carro usado pela emissora. "Quando a lâmpada queimou, faltava um minuto para a entrada ao vivo. O jeito foi acender a luz da Veraneio". Gloria e o repórter cinematográfico precisaram ficar de joelhos, com o farol no rosto para garantir uma boa iluminação.
Três décadas depois, ela voltaria a ser pioneira novamente. Em 2007, ela se tornou a primeira profissional a fazer uma transmissão em alta definição, ou HD, na televisão brasileira. A reportagem era transmitida pelo Fantástico, e falava sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.
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