Superações em um ano de encenação de Doidas e Santas : 'Estou reestreando tudo na vida'
A lembrança do filho
Rafael Mascarenhas é símbolo de força para
Cissa Guimarães (53). Na quinta-feira, 31, noite em que celebrou a reestreia da peça
Doidas e Santas, no Teatro Vannucci, Rio, a atriz chegou ao local com o herdeiro
João Velho (27), da união com
Paulo César Peréio (70), usando uma camiseta com a imagem do caçula, morto por atropelamento em um túnel carioca, em julho de 2010, com apenas 18 anos. Comovida, além de comemorar 200 apresentações e um ano de espetáculo, ela assumiu a volta com o artista plástico
Jorge Barata (52), que namorou por cinco anos e de quem há um estava separada.
"Estou reestreando tudo na vida: peça, namorado... Voltei com Jorge ontem, ele é meu parceiro",/i>, confessou a atriz, que também regressou às novelas e está no ar em Morde & Assopra, na Globo.
A peça é protagonizada por Cissa, que sempre teve o mesmo elenco ao seu lado: os atores ,b>Josie Antello (40) e
Giuseppe Oristanio (52).
"Cheguei aqui e chorei de tanta emoção. Foi muita batalha, muita luta... Quis fazer algo digno e sincero. Só posso agradecer aos deuses do teatro e ao meu filho Rafael, que sempre me deu muita força para fazer esse projeto", disse a estrela, homenageando o filho da relação com o músico
Raul Mascarenhas (57).
Além de atuar, Cissa também assina a produção da peça, baseada no livro da gaúcha
Martha Medeiros (48).
"Quis estrear na produção fazendo algo do universo feminino da minha geração. O resultado foi surpreendente", contou a atriz, acompanhada do diretor
Ernesto Piccolo (48) e
Regiana Antonini (48), que adaptou o texto para o palco e estavam presentes na data especial.
A noite não terminou com os aplausos finais. O elenco e convidados, como as atrizes
Márcia Cabrita (47) e
Flávia Garrafa (36), a cantora
Elba Ramalho (59) e a produtora
Maria Siman (53), estenderam a celebração e foram festejar em uma boate.
- Como é para você essa celebração de um ano de espetáculo?
Cissa- Me lembro de todo o incentivo do Rafael para que trabalhasse na montagem. Era ele que me fazia driblar as minhas inseguranças. Estava sempre presente nos ensaios. Não imaginava que conseguiria chegar a essa marca. Fiz o projeto totalmente sem pretensão. Queria aprender a produzir, fazer alguma coisa que acreditasse.
- Tudo mudou muito. A Cissa de hoje é totalmente diferente...
Cissa - Depois de oito meses da morte do meu filho, sou realmente outra pessoa. Acho que o sofrimento não está aí só para ensinar, até porque é chato sofrer. Como essa é a maior dor do mundo, a única saída é evoluir. Faço a terapia do luto, tento estabelecer uma conexão espiritual com meu filho. O fato de ter produzido a peça, da maneira que foi, com o sucesso que teve e com a bênção do Rafa, eu só posso agradecer muito. Acho que sou um bilhete premiado.
- O que você tem em comum com a personagem da peça?
Cissa- Nós duas não temos medo de sermos felizes, chutamos o pau da barraca e vamos à luta. Eu jamais ficaria 20 anos casada em um relacionamento morno, em que faltasse paixão ou tesão. Já tive sucessos e fracassos amorosos, mas não consigo entender quem insiste nessa coisa mais ou menos.
- Mas você acredita em relacionamentos para a vida toda?
Cissa- Claro que acredito! Giuseppe Oristânio, por exemplo, é muito bem casado há 28 anos e eu tenho até uma inveja branca de quem consegue isso. É um barato, embora seja uma das coisas mais difíceis do mundo. Muita gente se acomoda porque tem medo de ficar sozinha, e eu entendo. Às vezes, também sinto isso. Somos mulheres independentes, mas queremos ter um homem para chamar de nosso. Adoro ser paparicada, que abram a porta do carro, que me mandem flores... O meu pacto é com a felicidade.