Tico: 'Sei o quanto é difícil lidar comigo'

O vocalista do Detonautas, Tico Santa Cruz, conversou com o Portal CARAS e se confessa um pessoa 'complicada'. Mas o lado bom é que também é extremamente leal com os amigos

Redação Publicado em 30/11/2010, às 16h26 - Atualizado em 07/12/2010, às 18h29

Tico Santa Cruz - EDU MORAES/RECORD
O vocalista do Detonautas Roque Club estava com medo da reação de seu público, se acaso ele resolvesse mesmo participar de um reality show. Mas Tico Santa Cruz preferiu arriscar e acredita que foi visto com 'bons' olhos pelos fãs. N'A Fazenda, da Rede Record, Tico foi verdadeiro ao extremo e seguiu seus princípios. E, no final das contas, é tudo o que importa para um vocalista que gosta de 'cantar' o amor, a violência, a corrupção e se define como uma pessoa leal. Veja a conversa na íntegra que o Portal CARAS teve com o ex-peão. - Como você avalia sua participação n'A Fazenda? - Achei que fosse entrar e sair com problemas com meu público, que não assiste e nem aceita este tipo de escolha. Mas enfrentei, queria experimentar a sensação de participar de algo tão diferente e intenso. Fiquei poucos dias, foi complicado conviver com pessoas com interesses tão diferentes, mas essa era a questão principal, não? Fiz alguns amigos lá, o que já me valeu a participação. Descobri e vivenciei coisas internas muito relevantes para minha vida. Mantive minha integridade e meus valores. Ganhei muitos novos admiradores. Então, avalio minha participação como algo extremamente positivo. - Você se considera uma pessoa fácil ou difícil de lidar? - Me considero uma pessoa complicada. Sei o quanto é difícil lidar comigo. Mas sou leal aos meus amigos e luto e defendo aqueles com quem me identifico. - Com quem você mais se identificou na casa? - Criei um imenso carinho pelo [Carlos] Carrasco e pela Luiza [Gottschalk], além da Geisy [Arruda] e da Monique [Evans]. Tive empatia pela Janaína [Jacobina] e até com alguns outros que depois me decepcionaram muito, quando tive acesso aos vídeos pós-participação. Existem pessoas com quem, possivelmente, devo me encontrar e ter uma relação amigável, mas com quem eu mais me identifiquei foi o Sérgio Abreu. - Você ficou chateado em ter sido um dos primeiros a ser eliminado? - Achei minha eliminação justa. Estava ao lado de dois aliados que não tinham motivos para sair. Eu havia entrado em conflitos intensos logo nas primeiras semanas. Assistindo hoje, tenho saudades, mas naquele momento me senti aliviado quando saí. - O que mais te 'incomoda' num reality show? - Havia assistido apenas algumas passagens do BBB, do qual o Marcelo Dourado participou, ele é meu professor de boxe. Entrei lá com uma visão equivocada e superficial do que se vive numa situação extrema. Mas acho que foi útil experimentar. O que me incomoda é o fato de que questões importantes para o público e que podem gerar debates e reflexões relevantes para a sociedade, normalmente são apenas pinceladas pelas edições da TV aberta. Só quem assiste ao integral é que tem acesso a isso. Todavia, dependendo de quem participa, um reality pode não servir para nada também. - Você tinha afinidade com animais antes de entrar lá? - Sim. Minha mãe cuida de animais há muitos anos e fiz hipismo quando era mais jovem. Tinha muita afinidade com os cavalos e adorei cuidar das ovelhas. Só me arrependo de não ter tirado leite da vaquinha (risos). - Como você encarou a mudança brusca de rotina? - Eu me adapto ao que me disponho a fazer. Para mim foi apenas uma questão de dois dias. - Do que você mais sente falta: da rotina de 'fazenda', dos colegas ou dos animais? - Sinto falta dos amigos que fiz e da lida com os animais que me ensinou muito.
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