Sônia Menna Barreto e sua paixão pelo vinho

Em vinícola portuguesa, artista plástica desvenda os segredos de produção da bebida

Redação Publicado em 04/04/2011, às 17h57 - Atualizado em 07/04/2011, às 11h10

A pintora se encanta com propriedade na região de Azeitão, Portugal. - JOÃO LEMOS / CARAS PORTUGAL
Apreciadora da arte de produzir um bom vinho, a artista plástica Sônia Menna Barreto (53) visitou a vinícola Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, Portugal, antiga propriedade da Casa Real Portuguesa considerada uma das mais belas construções do país. "É como se fosse um pequeno palácio, tem a parte dos lagos, das vinhas... É um lugar maravilhoso e você acaba aprendendo todo o processo de produção", relata a renomada pintora paulistana. "A arte, que é o que eu faço, e o vinho, que não deixa de ser uma arte e algo sofisticado e elaborado, têm uma ligação forte. O que mais me encantou foi justamente essa junção", emenda ela, recebida por Jorge Paiva Raposo, presidente da Comissão Executiva da quinta, Roberto Vilela, proprietário da importadora Portus Cale, e Joe Berardo (66), dono do local, classificado em 1996 pelo Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico, Igespar, como Monumento Nacional. "Fui convidada para criar o rótulo de um novo vinho da Bacalhôa. O lema do Berardo - arte, paixão e vinho - tem tudo a ver; ele é uma pessoa apaixonada pelo que faz", fala Sônia, sobre o anfitrião, tido como o maior colecionador português de arte contemporânea. O passeio, que incluiu, além da área agrícola, ida ao Palácio da Bacalhôa, serviu de inspiração para Sônia. "A quinta, onde os vinhos são produzidos e armazenados, é uma casa que remonta à época do descobrimento do Brasil. Já o palácio é onde eles recebem os convidados. Tivemos lá um almoço maravilhoso, o local respira história e arte", conta ela. "Foi uma experiência de vida. O interessante de toda essa viagem é que acabei me envolvendo com a cultura portuguesa, que é o nosso passado. Quero retratar esse país incrível nas minhas obras", comenta. Em sua primeira viagem a Portugal, a artista plástica ainda contou que a paixão pela tradicional bebida foi herdada de sua família. "Tenho ascendência portuguesa. Do lado do meu pai, só ele é brasileiro; o resto é português. E minha outra 'metade' é italiana. Então, não teria como eu não gostar de um bom vinho. Sempre fez parte da minha vida", revela a pintora. "Gosto de branco, tinto, verde, do Porto. É difícil escolher um favorito", diverte-se.
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