Só se deve corrigir cicatrizes com cirurgia se a pele estiver saudável

Redação Publicado em 27/03/2012, às 13h11 - Atualizado às 13h18

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A pele é o maior órgão humano visível. É fundamental pois evita que agentes externos penetrem e danifiquem os órgãos internos; impede a perda de água e de sais minerais, evitando a desidratação; regula a temperatura corporal; e capta e transmite ao cérebro informações de calor, frio, dor e tato. Também é fundamental porque dá a identidade social de cada pessoa, ou seja, a pele tem importantes repercussões psicossociais. Pele bonita e saudável proporciona bem-estar e autoestima, pois, “se os olhos são o espelho da alma, a pele é o espelho da mente”. Pele marcada por doenças e cicatrizes, de outro lado, comumente leva a distúrbios psicossomáticos.

A cicatriz é um tecido fibroso que resulta de processos biológicos para reconstruir a continuidade de um tecido. Só se forma quando o que a causa atinge a derme, camada mais profunda da pele. As cicatrizes são comuns e podem formar-se a qualquer momento da vida. Podem ter causas externas, como ferimento, cirurgia e queimadura, ou internas, como acne, catapora, vacina e estrias. Podem estar tanto no mesmo relevo da pele, quanto rebaixadas ou elevadas, com a cor variando desde o normal (nacarada) até muito escura ou clara.

A maioria das pessoas, felizmente, consegue viver com cicatrizes sem maiores problemas. Mas outras — no casos das mulheres, sobretudo quando são no rosto e no baixo ventre — se sentem complexadas e sofrem muito. Têm dificuldade para fazer amigos, encontrar parceiros amorosos e manter relacionamentos. Passam a viver isoladas e, nas situações mais graves, se tornam presas fáceis da depressão. Não raro, a extensão ou o aspecto da cicatriz é desproporcional ao grau da perturbação psicológica. É possível, vale destacar, tomar algumas providências para que as cicatrizes tenham melhor aspecto estético, seja no caso de ferida acidental, seja por cirurgias. Entre os principais recursos está o tratamento delas por alguns meses com silicone na forma de fita ou gel. A substância mantém hidratado o tecido cicatricial, diminui a inflamação e, assim, reduz seu relevo e sua coloração avermelhada. Outro recurso eficaz é a compressão das cicatrizes elevadas com faixas ou vestes elásticas. No caso das cicatrizes volumosas (hipertróficas) e dos queloides, pode-se associar o silicone com a compressão. Um terceiro tipo de tratamento das cicatrizes é a cirurgia.

Caso você queira corrigir uma cicatriz com cirurgia, sobretudo se tem histórico de má cicatrização, escolha um cirurgião plástico de sua confiança. Se não conhece nenhum, boa alternativa é selecionar um especialista no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br) ou nos serviços de cirurgia plástica das Faculdades de Medicina credenciados nessa entidade.

Como a pele é um órgão, precisa estar saudável, se for operá-la, para obter uma cicatriz mais estética. Pele inflamada gera cicatrizes mais inflamadas, como as hipertróficas e avermelhadas. Podem favorecer a inflamação alimentos como frutos do mar, carnes ou derivados de suínos e doces; exposição aos raios solares; obesidade; e estresse. Assim, quem programa uma cirurgia deve evitar os fatores que predispõem às inflamações e tratar-se de eventuais doenças. Mas não há garantia de cicatrização perfeita. Mesmo quem tem boa cicatrização pode, por questões pessoais físicas ou psíquicas momentâneas, enfrentar problemas de cicatrização.

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