Você não precisa conviver com as dores nos pés. Pode acabar com elas

por Douglas Rocha Russo* Publicado em 29/10/2010, às 18h41 - Atualizado às 21h10

Você não precisa conviver com as dores nos pés. Pode acabar com elas -
Dor nos pés é um fenômeno comum, que atormenta muitas pessoas. Os pés, vale relembrar, são fundamentais para os humanos. Eles sustentam e propulsionam o peso do corpo quando andam ou correm. Também ajudam na manutenção do equilíbrio durante as mudanças de posição. Mas, infelizmente, como acontece com grande parte dos órgãos e tecidos humanos, também os pés apresentam doenças. São elas que provocam dor. Algumas das doenças que mais causam o fenômeno são as seguintes: l Metatarsalgias. Caracterizam-se pelo aparecimento de dor e calosidade na região plantar (parte de baixo e da frente, logo abaixo dos dedos). Podem ser difusas, acometendo todo o antepé, ou localizadas, atingindo áreas específicas. Ocorrem mais na mulher adulta que tem pé cavo (pé alto). Algumas das causas são: malformações congênitas, traumas e deformidades nos dedos. l Hálux valgo, ou joanete. Caracteriza-se por dor, aumento do volume e desvio lateral do hálux (dedão), que pressiona o segundo dedo. Com isso, outros desvios vão se instalando. Também é mais comum na mulher adulta, mas pode aparecer já em crianças, o que é conhecido como hálux valgo juvenil. São de caráter hereditário, mas o uso de calçados altos de ponta estreita agrava a deformidade. l Hálux rígido. Caracteriza-se por dor e rigidez progressiva na articulação do hálux por artrose. Ela vai perdendo a capacidade de se movimentar e aumentando de tamanho. l Fascite plantar. Caracteriza-se por dor em um ponto sob o calcanhar. Resulta da inflamação da fáscia, tecido espesso que tem origem no osso do calcanhar (calcâneo) e estende-se até os dedos, cuja função é manter a forma de arco na face interna do pé. É mais comum em quem trabalha em pé, obesos, portadores de pé cavo (formato muito arqueado e alto), quem usa calçados sem salto com pouco amortecimento para os calcanhares e atletas que forçam os calcanhares em excesso. l Neuroma de Morton. Caracteriza-se por dor no antepé que se irradia para os dedos. Pode haver também sensação de queimação e perda de sensibilidade. É um processo degenerativo do nervo, com a formação de tecido cicatricial, aumento do número de vasinhos no local e o espessamento do nervo. Parece que resulta de microtraumatismos. É mais comum na mulher de mais de 40 anos que usa sapato de salto alto e com a parte da frente estreita, comprimindo os dedos. l Verrugas plantares, ou olhos-de-peixe. São lesões elevadas, benignas e contagiosas, causadas pelo papiloma vírus humano (HPV). Em geral não ultrapassam a superfície da pele porque a pressão do peso do corpo, ao andar, as empurra para o interior do tecido. São mais comuns nas áreas de descarga do peso corporal, por isso doem e são incapacitantes. Ocorrem mais em adolescentes e adultos jovens que freqüentam piscinas, escolas e quartéis. Pode haver dor nos pés também em função de vícios de postura, calos entre os dedos, calos na planta dos pés e dedos na forma de garra e martelo, entre outros problemas. Ninguém deve achar normal e conviver com tais dores. Ao contrário. Deve consultar um ortopedista, descobrir a causa e tratar. As dores nos pés, como outras doenças, já contam com tratamento eficaz, que inclui podólogo, órteses, remédios, fisioterapia e até cirurgia.
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