Vírus são responsáveis por cerca de 90% dos casos de gastroenterocolite

por Caio Coelho Netto* Publicado em 28/09/2010, às 20h41 - Atualizado às 20h43

Vírus são responsáveis por cerca de 90% dos casos de gastroenterocolite -
A mídia divulgou que o lateral Marcelo Vieira (22) foi cortado da Seleção, para os treinos em Barcelona, Espanha, no início de setembro, porque estava com gastroenterite. O nome correto da doença, vale destacar, é gastroenterocolite. Ela se caracteriza por uma inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago e dos intestinos. A forma aguda, aliás, é a mais frequente. A gastroenterocolite aguda é comum em especial nas regiões de higiene precária. Mais de 90% dos casos devem-se a vírus, mas pode ser causada também por bactérias e outros microrganismos, adquiridos sobretudo ao se ingerir líquidos e alimentos contaminados ou deteriorados. Ocorre mais nos meses quentes, pelo fato de o calor favorecer a deterioração dos alimentos. Os microrganismos entram no corpo humano principalmente pela boca, chegando ao estômago e aos intestinos. O organismo de boa parte das pessoas reage e neutraliza a ação deles. Quando isso não ocorre, felizmente uma minoria, eles se multiplicam e atacam as mucosas. Liberam toxinas que as inflamam e tornam a parede intestinal mais permeável. Ocorre então o "sequestro" de grande quantidade de líquidos para o interior do intestino, até dos vasos sanguíneos, deixando as fezes mais fluidas e causando diarreia. Portadores podem ter também dor e cólica abdominal e urgência para evacuar, às vezes acompanhadas por náuseas, vômitos e febre. O perigo da doença é a desidratação, pela grande perda de fluidos orgânicos. Nas situações mais graves, o doente pode perder também eletrólitos como potássio, sódio e cálcio em demasia, com prejuízos importantes para os rins, o coração e o cérebro, o que às vezes é fatal. O ideal, claro, é evitar a gastroenterocolite. É possível fazê-lo com algumas medidas básicas. Lave as mãos com água e sabão antes de manipular alimentos, antes das refeições e após ir à toalete. Ponha logo na geladeira sobras de alimentos que for consumir depois. Em viagens por regiões em que as condições sanitárias são precárias, beba só água mineral ou fervida e dê preferência aos alimentos cozidos. Evite consumir verduras, legumes e frutos do mar em restaurantes e bares cuja higiene desconhece. Consuma só derivados de leite pasteurizados. Nas cidades, de outro lado, evite consumir líquidos e alimentos em barracas de rua e estabelecimentos com condições de higiene duvidosas. Quem tem diarréia precisa tomar líquidos frequentemente para evitar a desidratação. Em geral, em três a quatro horas o quadro está controlado. Quando não ocorre a melhora de sintomas como diarreia e vômitos, sobretudo no caso de crianças e de idosos, que são mais suscetíveis a complicações, deve-se procurar logo o serviço de emergências de um bom hospital, porque às vezes é necessário repor os fluidos e os eletrólitos perdidos pela via endovenosa. Podese também fazer exames laboratoriais e de fezes para descobrir qual é o microrganismo que causa o problema e se há complicações. O tratamento para as infecções virais consiste principalmente na hidratação do paciente, associado ao uso de remédios sintomáticos e repouso, o que facilita que seu organismo produza anticorpos, reaja e neutralize a ação dos vírus. Já bactérias e outros microrganismos podem ser combatidos com antibióticos e outros remédios específicos. A maioria das pessoas, felizmente, se recupera bem.
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