O átomo é uma das menores partículas existentes na natureza. Está presente em todos os elementos - no oxigênio, na água, no ferro, no plástico, na borracha, na madeira e no vidro, por exemplo. O átomo divide-se em núcleo, nêutrons, prótons e elétrons. Prótons têm carga positiva e elétrons, negativa. A ação do positivo e do negativo é que mantém o átomo estável e equilibrado na natureza. Mas, em algumas situações, ele pode se desequilibrar. Perde então um elétron, ou seja, a carga negativa, e fica apenas com a positiva. Para se estabilizar, precisa roubar um elétron de outro átomo. Quando isso ocorre, se forma uma reação em cadeia sem fim, com um roubando elétron do outro.
É a esse átomo desequilibrado que se dá o nome de radical livre. Tal situação é prejudicial aos elementos: a madeira pode apodrecer, o ferro enferrujar, o plástico rachar e a água ficar salobra, só para dar alguns exemplos.
O estudo dos radicais livres começou com o químico americano
Linus Pauling (1901- 1994). Mas foi a médica e cientista romena Ana Aslan (1896-1988) quem descobriu que eles são tóxicos e reagem desordenadamente com outras substâncias. Desse modo, tanto as células como os tecidos e os órgãos correm o risco de serem oxidados, o que favorece o aparecimento das doenças degenerativas e apressa o envelhecimento do corpo.
Os radicais livres começam a formar-se no organismo a partir do instante em que uma pessoa nasce. Todas os formam. Até os 10 a 12 anos, em geral substâncias antioxidantes naturais os neutralizam. Colaboram, entre outros fatores, o amparo e o carinho dos pais, alimentação saudável na maioria das vezes preparada ou controlada pela mãe e as poucas ou quase nenhuma situação de estresse.
Quando o jovem chega à puberdade, ele começa a assumir seu papel social. Passa a pensar em carreira e futuro. A situação, então, se complica, sobretudo se não está preparado para lidar com as dificuldades do dia-a-dia. A partir daí, a formação dos radicais livres pode acelerar-se. Favorecem sua formação:
Ï exposição excessiva ao sol, principalmente no período das 10 às 16 horas, quando os raios estão mais intensos;
Ï situações estressantes, como a proximidade do vestibular ou a perda do emprego e/ou de pessoas queridas;
Ï consumo de alimentos considerados prejudiciais, entre eles açúcar refinado, enlatados, embutidos e os ricos em gorduras animais ou trans - as resultantes de frituras em especial de
nuggets e de outros
fast foods;
Ï tabagismo, já que o cigarro tem por volta de 4 500 substâncias tóxicas, sendo 30 cancerígenas;
Ï uso de drogas como maconha, cocaína, LSD,
crack e outras;
Ï sedentarismo e ingestão de bebidas alcoólicas em demasia;
Ï respirar ares muito poluídos principalmente nas grandes cidades;
Ï exposição aos raios X e a outras radiações, sobretudo ionizantes;
Ï e formação em famílias desestruturadas com falta de apoio na época do crescimento, o que às vezes resulta em indivíduos psicologicamente frágeis, que freqüentemente têm medo, insegurança, ansiedade e até depressão.
O ideal é prevenir-se.
É possível baixar os níveis de radicais livres no corpo com algumas medidas simples, porém nem sempre fáceis. Tome sol só antes das 10 e após as 16 horas e use protetor. Controle o estresse praticando atividades físicas regularmente, sob a orientação de um profissional e respeitando os seus limites. Alimente-se de modo saudável, aumentando o consumo de verduras, legumes e frutas e diminuindo produtos ricos em gordura animal e trans. Fique longe do tabagismo, das drogas e beba apenas socialmente. Se você é uma pessoa frágil, procure a ajuda de Deus. Se não bastar, consulte um psicólogo ou psiquiatra. Pessoas que, de acordo com o exposto, se achem estressadas, com uma grande produção de radicais livres, devem ir a um médico nutrologista. Esse especialista em radicais livres e saúde está disponível hoje em todo o país. Ele tem condições de avaliar a sua situação e propor as terapêuticas mais eficazes.