Prêmio para empresas que têm campanha de prevenção da AIDS

por <b>Reynaldo Bomfim da Paz</b>* Publicado em 02/09/2009, às 13h20

Encerram-se no próximo dia 4 as inscrições de empresas para o V Prêmio Nacional CEN Aids no Mundo do Trabalho, do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/Aids (CEN Aids), com sede em São Paulo. Podem inscrever-se micro, pequenas, médias e grandes empresas que desenvolvem programas de prevenção de DST/ Aids. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.cenaids.com.br. O prêmio foi criado para reconhecer, incentivar e divulgar as ações preventivas em doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e aids realizadas por empresas, que contribuam para reduzir a epidemia e melhorar as condições de saúde do trabalhador. As empresas escolhidas receberão o prêmio em solenidade no Maksoud Plaza, na capital paulista, em 6 de outubro. O CEN Aids foi criado em outubro de 1998 pelo Ministério da Saúde, com apoio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Também se escolheu o 8 de outubro como Dia Nacional de Prevenção ao HIV/Aids no Local de Trabalho. Qualquer empresa pode participar, basta demonstrar que desenvolve campanhas de prevenção ao HIV/Aids voltadas para seus colaboradores. O site do CEN Aids, aliás, tem campanhas prontas. É só imprimir e utilizar. É fundamental, mesmo, que as empresas participem. Afinal, até 2005, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a doença matou 28 milhões de trabalhadores em todo o mundo, grande parte na faixa de maior produtividade, ou seja, dos 20 aos 50 anos. Se não se ampliar o acesso à prevenção por meio da informação, esse número poderá chegar a 74 milhões em 2015. Um prejuízo enorme para as empresas e o país, portanto, com perda de talentos, diminuição da auto-estima e da produtividade, aumento do absenteísmo, da rotatividade de mão-de-obra e dos custos com recrutamento, treinamento, seguro de saúde e afastamento do trabalho por doença. Ainda de acordo com a OIT, 25 milhões de trabalhadores de 15 a 64 anos viviam com o vírus no mundo em 2005. Já os dados da Unaids mostram que são 33 milhões os que vivem com o vírus no planeta. No Brasil, informa o Ministério da Saúde, foram notificados 474273 casos de aids entre 1980 - ano em que houve o primeiro caso no país - e junho de 2007. Estima-se, ainda, que 600000 brasileiros vivam hoje com o HIV. Contrai-se o vírus ao se ter contato com fluidos de um portador, em especial sêmen e sangue. Mas é possível evitar o contágio usando preservativo nas relações sexuais, incluindo sexo oral. Já os usuários de droga não devem compartilhar seringas. Grávidas portadoras do vírus, enfim, precisam se tratar, sobretudo no prénatal, para não passá-lo ao filho. Gestantes portadoras do HIV que se tratam com medicamentos contra o vírus (coquetel) e fazem controle médico no pré-natal reduzem praticamente a zero o risco de passá-lo ao bebê. Vale a pena levar a sério a prevenção. O tratamento da aids melhorou, claro. Hoje o número de remédios e de comprimidos que o doente toma para manter o vírus sob controle é menor do que no passado e provocam menos efeitos colaterais. Mas não é fácil se tratar pelo resto da vida. É preciso ter muita disciplina e força de vontade. Desse modo, o melhor é ficar atento e evitar a contaminação.
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