A consagração de Marcelo Médici chegou com seu personagem em 'Passione', mas sua trajetória como ator vai muito além do engraçado Mimi
Marcelo Médici está fazendo o maior sucesso na novela global
Passione, com seu personagem Mimi, que tem um amor platônico por Agostina, a personagem de
Leandra Leal.
O italiano faz de tudo para chamar a atenção de sua amada, que, por sua vez, é apaixonada pelo marido Berillo (
Bruno Gagliasso). O fato de que Berillo não é nada honesto com a esposa, talvez, conte pontos no 'currículo' de Mimi. E o ator também torce pela felicidade do casal, embora, na vida real, não acredite que tanta insistência possa resultar em algo positivo.
Claro que o reconhecimento profissional de um ator chega apenas depois de uma árdua batalha. O mesmo aconteceu com Marcelo, que, depois de tanto lutar, ganhou seu lugarzinho ao sol. Aliás, desde os bons tempos de escola, ele já sonhava com a vida em cima dos palcos. Para saber um pouco mais sobre a trajetória do personagem que faz rir as famílias brasileiras, leia a entrevista na íntegra que o
Portal CARAS fez com o 'italiano'.
- Como a interpretação surgiu em sua vida? Primeiro veio o humor ou a atuação em si?
- Sempre quis ser ator, mesmo quando não sabia direito o que era (risos). Assistia aos filmes e queria fazer aquilo. Teve uma fase que, claro, pensei em outras profissões, mas, reencontrando alguns colegas de escola, eles lembraram que minha profissão estava definida desde que éramos pequenos. O humor veio depois, quando ganhei um prêmio de Humor Stand-up Comedy do Canal Multishow, em 1998. Acabei entrando no programa humorístico
A Praça é Nossa e fiquei lá por dois anos. Mas me angustiava um pouco fazer o mesmo personagem por tanto tempo na TV. Engraçado que no o teatro isso não me incomoda.
- Você considera o Mimi integralmente um personagem de comédia?
- Sim, considero o Mimi um personagem do chamado núcleo de humor, embora tenha momentos mais sérios. Quando construo um personagem, por mais engraçado que possa ser o resultado, questiono sempre se ele poderia existir de verdade. Para isso, ele tem que ter verdade tanto nas cenas de comédia quanto nas cenas mais sérias. O humor requer tintas mais fortes, claro, mas verdade sempre.
- Você já teve várias incursões na comédia antes do Mimi, mas esse é um tipo diferente de humor - não é de todo 'descarado' e tampouco um humor 'pateta'. Em quem você se inspirou para criá-lo?
- O Mimi não teve uma inspiração direta em nenhum ator nem em ninguém específico. Tive como referência o Pinóquio, que foi mundialmente divulgado como desenho da Disney, mas, é na verdade, uma história italiana, mais especificamente Toscana, terra Natal dos personagens de
Passione. Algumas pessoas acham o Mimi parecido com o personagem do
Roberto Benigni em
A Vida é Bela, mas eu só assisti ao filme depois que a novela já tinha começado. Fico lisonjeado, Benigni é um grande ator! O mais importante na construção do personagem foi o tempo que ficamos na Itália. A observação continua sendo minha maior fonte de inspiração.
- Você espera um final feliz entre Agostina e Mimi?
- Sim, sendo esse o desejo e maior objetivo do personagem, seria uma grande recompensa. A torcida é grande! Muita gente vem dizer que o Mimi deve conseguir o amor de sua amada, mas sendo uma novela de
Sílvio de Abreu, confesso que realmente não sei o que pode acontecer (risos).
- Em janeiro você volta para os palcos de SP com a peça Cada Um Com Seus Pobrema. Como fica a rotina dupla de TV e teatro?
- Vou reestrear a peça uma semana depois do término das gravações. Essa é a primeira novela que não faço teatro paralelo, pois as gravações foram intensas! Queria testar se não seria mais tranquilo me dedicar somente à novela, mas cheguei à conclusão que sinto muita falta do teatro. Por mais que estejamos cansados, o teatro é revigorante.
Em junho tem peça nova:
Eu Era Tudo Pra Ela, E Ela Ela Me Deixou, comédia de
Emilio Boechat e direção
de
Marília Pêra e em cena estará o
Ricardo Rathsam, que me dirigiu em
Cada Um Com Seus Pobrema.