Design à prova de monotonia.
Desde sua última coleção, Francisco Costa vem conseguindo alinhar o estilo minimalista da marca a modelagens que favorecem a silhueta feminina. Este movimento agrada seu público e ainda desmistifica aquela história de que contemporâneo é sinônimo de pouco (ou zero) sex-appeal. Neste inverno, o moderno e o clássico se misturam para criar o que podemos chamar de "arte usável". O design das peças é tão milimetricamente pensado que impressiona. Este equilíbrio entre a vida real e o que o imaginário da moda nos proporciona é cada vez mais evidente nas coleções da marca. Peças que vão às passarelas, vão às ruas. Então vamos a elas! Começando pelos casacos construídos em poucos recortes e com mangas moldadas por ombros arredondados. Proposta de estrutura que reaparece nas blusas sequinhas usadas com cropped pants de cintura alta. Na outra sugestão de look com duas peças, o tailleur versão Calvin Klein tem blazer curtinho com transpasse assimétrico e saia-envelope de comprimento comportado. Para os vestidos - em grande número -, o tubinho de gola careca levemente mais alta tem recorte abaixo da cintura definindo suas proporções. E, por falar em cintura, muitas vezes esquecida pelo excesso de minimalismo, desta vez ela vem discretamente marcada, no melhor estilo blusê, nos vestidos de crepe de seda. Ainda neles, os midicomprimentos fazem a festa (literalmente) nos modelitos de lurex finíssimo. Chique, elegante e irresistível opção para a noite. As texturas ficam por conta da lã, de brilhos pontuais e do próprio movimento dos tecidos. Nos pés, saltos com solados emborrachados dão um toque sportswear. Do preto ao prata, a coleção destaca o branco como ótima opção também para os dias frios. Quem resistiria a um white coat como este? Quem resistiria à possibilidade de juntar sensualidade e design?