A mítica Gabriela, cravo e canela volta à TV

Se depender do empenho de Juliana Paes (33), protagonista do remake de Gabriela, a novela que estreia dia 19 de junho, na Globo, tem tudo para repetir o sucesso da versão original, de 1975. Mesmo fora de cena, ela não para de falar com o linguajar aprendido nas aulas de prosódia. “Após passar uns 20 dias gravando na Bahia, fiquei uma semana em casa e percebi a galera chiando no carioquês. Então, decidi não abandonar o sotaque baiano até a novela acabar. Agora, só falo assim. Eu me divirto e meu filho, Pedro, adora. Aliás, quero dar um irmão para ele. Talvez depois da novela, ainda não sei”, explicou ela, no restaurante Amado, em Salvador, na apresentação do elenco da trama escrita por Walcyr Carrasco (60), baseada na obra de Jorge Amado (1912-2001).

A história se passa na década de 20, na cidade de Ilhéus, dominada pelo conservadorismo dos coronéis liderados por Ramiro Bastos, vivido por Antonio Fagundes (63). Para defender a emblemática personagem, Juliana recebeu até a bênção de Sonia Braga (63), que se consagrou no papel. “Ela me parabenizou e disse que não poderia ter sido uma escolha melhor. Não gosto de ficar jogando confete em mim mesma, mas ela foi de uma generosidade enorme. Sonia é a grande inspiração para esse trabalho”, acrescentou a jovem estrela.

Enquanto se deliciavam com quitutes como acarajé, os atores aplaudiram a exibição de um clipe da novela, onde chamou atenção as cenas quentes vividas por Juliana com Humberto Martins (51), intérprete do sírio Nacib, que se envolve com Gabriela após contratá-la como cozinheira. “É uma honra trabalhar com ela pelo furacão que é. Juliana é uma profissional dedicada e essas cenas estão belíssimas”, ressaltou Humberto.

O elenco, que conta com nomes como Vanessa Giácomo (29), Suzana Pires (35), Mateus Solano (31) e Maitê Proença (54), marca a estreia de Ivete Sangalo como atriz em novelas. Antes, ela só havia participado de trabalhos vivendo ela mesma. A cantora dá vida a Maria Machadão, dona do cabaré Bataclan, onde trabalham as prostitutas da cidade conhecidas na época como mulheres-damas. “Fui muito bem recebida e me sinto honrada de estar neste projeto”, disse a cantora, que no domingo, 27, completou 40 anos. “Nada de crise.  Estou me achando toda bonita e gostosa”, completou, com o habitual bom humor. Outro que promete divertir o público é Marcelo Serrado (45). Depois do megassucesso do Crô, o mordomo homossexual  de Fina Estampa, ele volta à TV como o mulherengo Tonico Bastos. “Queria descansar, mas quando pintou o convite, não pensei duas vezes. A carreira da gente é feita de grandes personagens”, disse ele, que usou até sua vivência pessoal para entrar no novo universo. “Já traí, fui traído. Somos seres humanos capazes de passar por tudo. Isso faz com que sejamos pessoas melhores”, completou Marcelo, ao lado de  José Wilker (66) e Ary Fontoura (79), únicos atores do elenco que participaram da versão original.