Cenários da situação feminina no país a comovem em leilão com renda revertida para ação contra violência doméstica
Empenho, amor e dedicação são características que não faltam em tudo que
Maitê Proença (53) se propõe a fazer, seja na vida pessoal, no trabalho e, como não poderia deixar de ser, quando o assunto envolve causas sociais. Na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na capital paulista, a atriz participou do 2º Leilão de Arte Bem Querer Mulher, em prol do projeto Maria Maria, que capacita mulheres para apoiarem vítimas de violência doméstica.
"Acho a causa fundamental. Dizem que o Brasil é o país que mais sofre com a violência contra a mulher e vim para contribuir e dar visibilidade à campanha", fala Maitê, que fez a abertura da noite comandada pelo leiloeiro
Aloisio Cravo.
"Todo o dinheiro da ONG vai, de fato, para ajudar a causa. Às vezes, as mulheres não falam sobre este assunto, pois tem medo. Elas precisam saber que podem contar com outras pessoas que as ajudarão a se livrarem da dor", emenda a atriz, solteira e de férias das telinhas desde o término de
Passione, da Globo, em janeiro.
Embaixadora da campanha, criada há quatro anos,
Claudia Scaff (52) se orgulha da iniciativa.
"O projeto se beneficia da renda do leilão, criando espaços de convivência e troca de experiências", reforça ela para o curador das obras leiloadas,
Olívio Tavares de Araújo (58).
"Entrei em contato com amigos artistas e nenhum deixou de atender ao pedido de participar desta nobre causa. Afinal, a cada sete segundos uma mulher é agredida fisicamente no Brasil", pontua Olívio, que teve apoio de 15 galerias de arte e 64 artistas plásticos, entre eles
Fernanda Naman (37) e
Sabina de Libman.
"Fico orgulhosa pelos colegas que vestiram a camisa da causa", salienta Sabina.
"A campanha foi criada quando vimos uma carência muito grande de apoio da sociedade civil, especialmente pelas empresas, às questões do direito da mulher", lembra
João Francisco de Carvalho Pinto (35), empresário e gestor da iniciativa.
"Trabalhamos de forma árdua para colocar a causa em prática", completa João Francisco.