A lipoaspiração,técnica criada pelo cirurgião plástico francês
Yves-Gérard Illouz, acaba de completar 30 anos. Nesse período, ela se difundiu por todo o mundo. Também foi aperfeiçoada para se tornar menos traumática e, claro, o conhecimento dos médicos melhorou muito, o que a tornou bem mais segura. Atingiu, aliás, um alto nível de refinamento. Hoje, informa a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) em seu site, é a cirurgia plástica mais realizada no Brasil.
A lipoaspiração, vale relembrar, não é uma técnica de emagrecimento. Serve apenas para extrair a gordura localizada que não se consegue eliminar com regime e atividade física em partes específicas do corpo. Esses locais são culote, abdome, flancos, pescoço e dorso, na mulher, abdome e pescoço, no homem.
A última novidade nessa área já disponível no país é a lipoaspiração a laser. Os raios laser são usados faz algum tempo, por exemplo, em cirurgias oculares, no tratamento de varizes, para eliminar tatuagens e em depilação. O laser é seletivo, ou seja, é possível determinar o comprimento de sua onda para atingir alvos específicos. Um comprimento de onda é usado, por exemplo, em depilação; outro, para tratar de varizes; e assim por diante. Então os pesquisadores descobriram que determinado comprimento de onda do laser poderia ser empregado para explodir células de gordura. Elas se transformam em um "mar de óleo", que é aspirado com uma cânula ligada a um equipamento de sucção. Criara-se, pois, a lipoaspiração a laser, ou laserlipólise.
As vantagens da lipoaspiração a laser em relação à tradicional são:
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Menor agressividade. A lipoaspiração tradicional, é preciso reconhecer, tem certo grau de agressividade. O cirurgião se utiliza de uma cânula - espécie de agulha grossa que é introduzida sob a pele - para destruir e aspirar a gordura excessiva de um local no corpo do paciente. Tudo que está sob a pele na área é destruído e aspirado, incluindo vasos sanguíneos e outras estruturas. O raio laser, ao contrário, é regulado para destruir só as células de gordura e não causar danos aos vasos locais e aos tecidos vizinhos. Além disso, as células de gordura, sob a ação do laser, se rompem e liberam seu conteúdo oleoso, que é aspirado com uma cânula muito mais fina do que a usada na lipo tradicional.
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Menor perda de fluidos orgânicos. Como o laser lesa muito pouco os vasos, a perda de fluidos como sangue e sais minerais é bem menor. Diminuem bastante, então, os riscos para o paciente.
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Menos dor, menos inflamação e menos inchaço. Com isso, a recuperação do paciente é mais rápida. A maioria pode voltar ao trabalho já no dia seguinte.
O ideal, para quem está acima do peso, é fazer lipoaspiração depois do regime e de um bom período de atividades físicas. Só podem fazê-la, obviamente, pessoas que estão com a saúde em bom estado. Afinal, é uma cirurgia e todo ato cirúrgico tem risco. Por isso, as lipoaspirações devem ser realizadas por profi ssionais habilitados em cirurgia plástica e com experiência na técnica, em hospitais ou clínicas que dispõem de toda a estrutura para o atendimento de emergências. Por determinação do Conselho Federal de Medicina e da SBCP, só se pode aspirar a gordura correspondente a até 7% do peso corporal de cada vez. Quem retira mais do que isso corre o risco de perder fl uidos orgânicos em excesso e enfrentar complicações graves.