Sem conter a emoção, Sonia Braga (62) assistiu à exibição especial do documentário Dzi Croquettes, no Unibanco Arteplex, Rio. A atriz teve forte ligação com os integrantes do grupo homônimo através da sua mãe, Zezé Braga, morta em 2002, responsável por alguns figurinos da irreverente trupe teatral, sucesso nos palcos brasileiros e franceses nos anos 1970. "Minha mãe era uma excelente costureira e trabalhou dois anos com os meninos em Paris", recordou a estrela. "De todos eles, tinha uma relação especial com Paulette (nome artístico de Paulo César Bacelar, falecido em 1993). Éramos como Ginger Rogers e Fred Astaire. Foi meu parceiro na novela Dancin' Days, em 1978, e também em festas e viagens", completou Sonia, escalada para participar de um capítulo da série global As Cariocas com estréia prevista para este semestre. "Estou há um ano no Brasil e só agora vou gravar algo. Depois reclamam que não moro aqui!", disse a atriz, radicada nos EUA.
Dirigido por Tatiana Issa (36) e Raphael Alvarez (35), o filme comoveu também de forma especial a atriz Lucinha Lins (57), que assistiu 38 vezes às performances dos atores bailarinos do Dzi Croquettes. Foi assim que ela conheceu seu marido, Cláudio Tovar (66). "A primeira vez que o vi, ele estava vestido de mulher, cheio de lantejoulas e falando fino. Acabamos nos tornando amigos inseparáveis. Estamos juntos há 27 anos e ainda hoje sou tiete dele", recordou-se ela, que foi à première acompanhada do filho do primeiro casamento, com o músico Ivan Lins (65), o ator Claudio Lins (37), ao lado da mulher, Alexandra (40). Lá, Lucinha confraternizou com os outros participantes do grupo Bayard Tonelli (63), Benedito Lacerda (62) e Ciro Barcelos (55). "A recuperação dessa memória é importante, porque muita gente nem sabe o que foi o Dzi Croquettes. Trabalhos como este acabam ajudando a resgatar a história cultural", afirmou Claudio Lins.
Durante a apresentação do filme, Betty Faria (69) se lembrou da relação que manteve com o americano Lennie Dale (1934-1994), famoso coreógrafo do grupo. "Nossa amizade foi tão forte, que a morte dele deixou um buraco na minha vida", contou a atriz, que terminou recentemente de gravar como a personagem Amália do remake da novela Uma Rosa Com Amor, no SBT. "Eu tenho facilidade de chorar quando estou interpretando uma personagem. Na vida real não choro muito. Mas quando assisti a esse documentário no Festival do Rio, ano passado, jorrava água dos meus olhos. Dos anos 70, ainda guardo as rebeldias. Os espetáculos deles marcaram demais, pois vivíamos uma ditadura e eles brincavam com toda aquela caretice. Agora, a falta do Lennie é realmente um escândalo na minha vida", completou Betty.
Na platéia do cinema, a atriz Mônica Torres (49) contou como Stephanie (10) e Francisco (7), seus filhos adotivos com Marcello Antony (45), sentiram a separação do casal, em setembro de 2009, após 13 anos de união. "Durante o casamento, já tinha um apartamento em cima, que ficava para a parte familiar, e ele, um embaixo, usado para a bagunça. A única coisa que mudou é que agora moro em um e ele no outro. As crianças têm livre acesso às duas casas a hora que elas quiserem. Para mim, a adoção tem sido maravilhosa, temos uma relação harmônica", garantiu a atriz. Presentes ainda a jornalista Renata Ceribelli (46), os atores Marcos Frota (54), Luiz Henrique Nogueira (43) e Carla Marins (42), além de Sandra Pêra (55) e Regina Chaves (62), duas das ex-integrantes do grupo musical As Frenéticas.