Tank, o relógio que lançou as bases do design moderno e foi o preferido de Jack O.
A história da centenária Cartier começa em 1847, quando
Louis-François Cartier assume o controle da pequena oficina de joias de seu tio, na rua mais cara e chique de Paris. Ao longo do tempo, suas peças, caracterizadas por um toque leve e arejado, em contraste com os ornamentos formais e pesados da época, chamaram a atenção da monarquia europeia. Tanto que, já em 1902, a marca recebeu um pedido grandioso: a confecção de 27 tiaras e diademas para a cerimônia de coroação de rei
Eduardo VII, da Inglaterra, que declarou:
"Cartier, joalheiro dos reis, rei dos joalheiros".
Não só entre os monarcas Cartier era popular. Ele sempre foi um designer à frente de seu tempo e notório por suas inovações tecnológicas. Não por acaso, o aviador brasileiro
Alberto Santos Dumont foi um dos grandes amigos de Cartier. Em 1904, a pedido de Dumont, o relojoeiro criou o primeiro relógio de pulso, com pulseira de couro. Outro ícone de Cartier foi o relógio Tank, de 1919. A grande inovação foi integrar de maneira harmônica a caixa do relógio com a pulseira. E fez isso fugindo do estilo art noveau da época. Ao desenhar uma peça de linhas retas e totalmente retangular, usou o princípio de que "menos é mais" e iniciou um dos mantras do design moderno.
Jacqueline Kennedy Onassis foi uma das grandes admiradoras do modelo.