É com tranquilidade e bom humor que Jandir Ferrari (45) trilha os caminhos de sua carreira e vida. Com 27 anos de trabalho nos palcos e em frente às câmeras, o ator afirma que os anos de profissão lhe renderam maior lucidez sobre o 'atuar.' "A paixão é a mesma, mas hoje reflito mais sobre os personagens e 'degusto' as cenas. A maturidade nos dá equilíbrio e, se houver uma dose de descontração, melhor ainda", conta o artista, na Villa de CARAS, em Gramado, na serra gaúcha.
Convidado para apresentar o Cinema nos Bairros, sessões populares paralelas ao 38º Festival de Cinema de Gramado, Jandir fez seu début no evento e aplaudiu a ideia. "Exibir filmes às pessoas que não têm acesso e moram em lugares afastados é uma das formas de manter o cinema vivo", enfatiza o ator, que viaja pelo Brasil com a peça Decameron, dirigida por Otávio Muller (44), e foi visto em janeiro deste ano na série global Dalva e Herivelto.
Paulista, mas morando no Rio de Janeiro, Jandir encontrou há 12 anos a dona de seu coração, a iluminadora e diretora técnica Adriana Cortes (43). "Nossa relação tem amor, respeito e parceria", define ele, que é pai de Laura Laviola (22), da relação com a atriz Constância Laviola. "Minha filha só me traz alegrias. É maravilhosa e tem um futuro brilhante", diz o pai, orgulhoso de sua única herdeira.
- Você é bem humorado?
- Sempre. Acho que momentos de crise devem durar no máximo cinco minutos. Se passar disso, fica ruim. Não sou do tipo que gosta de alimentar discussões.
- Como cuida da sua saúde?
- Quando a gente passa dos 40, todo cuidado é pouco. (risos) Faço pouco exercício físico, mas regulo a alimentação e os exageros já estão integrados à minha rotina.
- Com qual gênero de atuação você se identifica mais?
- Tenho facilidade com comédia, mas cada personagem é um desafio. Também me encanto pelas dificuldades de um drama. Encaro a vida como um eterno aprendizado.
- Como faz para se aprimorar?
- Curto cinema e adoro ler contos policiais e peças de teatro. É preciso estar aberto às novidades, beber de todas as fontes e absorvê-las da melhor forma possível para construir um conhecimento de mundo.
- Você é romântico?
- Adoro mandar flores e fazer surpresas para a minha mulher. Gosto de preparar jantares. Meu "carro-chefe" é arroz com açafrão e frutos do mar.
- Um sonho?
- O prazer de viver é o mais importante, mas penso em ter uma espécie de santuário, onde eu possa me sentir inteiro. Talvez uma fazenda. Aproveito cada momento da vida ao máximo e ao lado de quem mais gosto.