Last year, Gaultier levou a gente para a África. E agora?? Vamos para a Grécia, queridinha. É só entrar numa túnica prateada (ui!) e embarcar -
just now - para uma viagem imaginária entre Lesbos e Santorini, no auge dos anos 1930. Fundamental: descolar um par de óculos escuros gigantescos rapidinho (quanto mais exagerados, melhor) e... uma piteira de bakelite (ainda não tinha chegado a era do plástico) devidamente alongada por um cigarro
king-size. Por que tanto espanto?? Naqueles bons tempos ainda não tinham descoberto que fumar fazia mal e todo mundo adorava uma fumacinha. Agora, falando sério, esse
look incrível (olhe à esquerda) de organza branca toda bordada de dourado é uma releitura-
couture do vestido folclórico grego (feito com centenas de metros de algodão branco, que se perdem numa profusão de pregas profundas e de babados). Gaultier "enxugou/enxugou" e... ficou ma-ra-vi-lho-so! Mas vamos que vamos. Para o
day by day em Atenas, o terno
smoking branco, irritante de tão perfeito, com suas calças
long legs. Logo depois, a saia-lápis redesenha curvas (perigosas?) e o casaqueto curto cai justinho, como uma luva.
By night, chega o momento vestal e... você aparece "semi-velada" por um sopro de
mousseline plissada, o colo coberto de estrelas. Ou então, por que não? Completamente "revelada",
sexy como o diabo gosta, apertadíssima dentro de um vestido (quase cinta...) feito de renda negra. Gaultier torce, retorce, drapeia, puxa pra cá, puxa pra lá e... e esse modelito chocolate (olhe à direita) é mesmo de tirar o fôlego. Socorro! Eu sei, eu sei, você já perdeu o controle e está possuída por mil desejos. Aiaiai, esses
tops-bijoux no melhor estilo mil e uma noites. Aiaiai, essas sandálias-serpentes, douradas, bordadas, "envenenadas". Aiaiai, essa "viagem" tem que parar agora, antes que a gente se atire (de verdade) nesse Mediterrâneo-
fashion que - eu sei e você sabe - nosso dinheirinho (tadinho!) não segura.