Laureado com vários prêmios, como o Bafta e a Palma de Ouro - láurea máxima do Festival de Cannes - , o diretor italiano Francesco Rosi (87) aumenta a coleção de honrarias com o Leopardo Dourado, ganho no 63o Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, um merecido reconhecimento à contribuição dele à sétima arte, em especial por seu filme Uomini Contro, de 1970, ambientado nas trincheiras italianas da 2ª Guerra. Importante na agenda do cinema mundial, o festival ocorre todos os anos, em agosto, na Piazza Grande. "Estou feliz com o prêmio. Ter feito o filme que 'pegou no peito' da realidade e da história italiana me fizeram colocar em segundo plano a estética do meu cinema, em favor da ética. Este, talvez por ter sido rodado nos mesmos lugares em que se passaram os fatos, marcou mais", diz o diretor de obras-primas como O Bandido Giuliano e O Caso Mattei. "Também porque tive o privilégio de dirigir, por umas boas cinco vezes, inclusive neste filme, um ator magistral como o saudoso Gian Maria Volontè. Sua adesão aos personagens era política, cinematográfica, emocional, mas, sobretudo, total. Ele combatia por aquilo que nossos filmes queriam dizer a qualquer um que os visse."