O espírito aventureiro faz parte da personalidade do ator da Record Felipe Folgosi (35). Após desembarcar no Brasil vindo do Japão, ele teve apenas uma semana de intervalo antes de emendar um tour de quase um mês pela Escandinávia, com paradas na Dinamarca, Islândia, Suécia e Noruega. "Como havia a possibilidade de começar um novo trabalho, queria fazer mais uma viagem antes, mas tinha de decidir rápido o destino", conta ele, que se dedicou à trilogia Os Mutantes, da emissora paulista, por dois anos, e deve voltar às novelas neste ano. Sozinho, no melhor estilo mochileiro, o ator deparou com cenários deslumbrantes, que mesclaram a natureza em estado bruto de áreas remotas e a urbanidade das capitais. Subiu a geleira de Reykjavik, na Islândia, visitou o Museu de Arte Moderna de Estocolmo, na Suécia, e se divertiu com réplicas perfeitas de cidades recriadas na Legoland, na Dinamarca. Mas estes são apenas alguns episódios de sua grande aventura pela terra dos vikings.
- Como está sendo praticamente emendar duas viagens para destinos tão distintos?
- É tranquilo. Você chega ao lugar e se envolve logo. Viajei para dois destinos com os quais sempre sonhei: Japão e Escandinávia. Quando eu era pequeno, meu pai me deu um livro sobre a Expedição Kon-Tiki, que relata a viagem que o explorador norueguês Thor Heyerdahl fez em uma balsa a partir do Peru, no final da década de 1940, para provar que a Polinésia havia sido povoada pela América do Sul. Agora, me vejo no Museu Kon-Tiki, em Oslo, na Noruega. Me emocionei, porque lembrei do meu pai, já falecido.
- Seu pai alimentava esse seu interesse pela aventura?
- Era coisa de criança. Fui escoteiro e o primeiro livro que ganhei foi o de Robinson Crusoé. E meu pai embarcava junto nessa, porque devia achar bacana o filho ter como referência esse universo de brincadeiras e aventuras.
- E qual é seu roteiro desta nova aventura?
- Começou na Dinamarca, com cidades como Copenhage e Billund. Na sequência, a Islândia, que fica na divisa dos continentes americano e europeu. O povo islandês fala uma língua mais próxima da dos vikings. A paisagem é meio lunar, com campos de lavas e neve. O passeio pela geleira de Reykjavik é indicado para quem gosta de natureza. Já Estocolmo, na Suécia, é cosmopolita, não deixa nada a dever para Paris ou Londres. Seu povo é muito bonito e a cidade, limpa e cheia de canais. Existe riqueza cultural, sem contar a agitada vida noturna. Na Noruega, visitei várias cidades, como Tromso, onde eu estava em busca da aurora boreal, mas, por falta de condições climáticas, não a vi.
- Você já passou por alguma situação inusitada nesta viagem?
- Eu estava no Blue Lagoon e vi um kit de cremes que eu queria levar para minha mãe, mas deixei para comprar em Reykjavik, onde eu estava hospedado. Só que, quando cheguei lá, não encontrei o mesmo presente. Decidi voltar para o Blue Lagoon, com o carro emprestado de uma amiga que fiz lá. Detalhe: era noite, estava começando a chover e eu nunca tinha dirigido na Islândia! Mas deu tudo certo. O problema é que, quando cheguei, já estava tudo fechado. No dia seguinte, prestes a pegar o avião, encontrei o mesmo kit no aeroporto (risos).
- Você está solteiro. Prefere viajar sozinho, como faz agora, ou seria melhor acompanhado?
- Gosto de passear, de sair de um lugar e ir para outro sem planejar com antecedência. Se a pessoa estiver no mesmo ritmo, tudo bem. Mas já viajei com família e aí chegamos a um meio-termo.
- Você já está planejando as próximas viagens?
- São tantos lugares. Quero ir para Nova Zelândia, Patagônia, Oriente Médio, Rússia... Todo ano, tento fazer uma viagem. É uma das prioridades da minha vida.
- Volta para a TV este ano?
- Sim, devo fazer a novela que entrará no ar depois de Ribeirão do Tempo, na Record. Participo também do longa de animação Procura-me, com Luana Piovani, sem previsão de lançamento.